Pai Joaquim de Angola
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São muitos os mistérios que envolvem o povo, as linhas, o universo da nossa Umbanda querida.
Grandes
figuras entremeiam com a corda da humanidade, uma desta figura é o
grande Preto-velho pai Manoel Joaquim de Angola, que baixa nos terreiros
levando sua missão de amor e esse amor é tão grande que ninguém para
tentar desvendar quem foi esta lendária figura entre os Pretos Velhos de
Umbanda.
Pai
Joaquim ou Iquemí foi um negro forte, guerreiro, filho prometido de uma
família real africana, oriunda de angola, áfrica para reinar junto ao
seu povo.
Iquemí era um príncipe majestoso, amava sua liberdade, seus amores, um legitimo filho do orixá Xangô.
Mas entre guerra de brigar pelo poder, Iquemí foi aprisionado por uma tribo inimiga que o entregaram aos mercadores brancos.
Iquemí
o grande guerreiro, príncipe de sua tribo estava em desespero, preso
como um animal, veio no porão de um navio aos gritos de desespero dos
seus inimigos de cor.
O
mercador de escravo, dono do navio aonde vinha Iquemí, soube do
destaque de ter um príncipe entre os outros escravos, observou o seu
porte, sua beleza, seus dentes perfeitos e seu corpo músculos, mas viu
nos seus olhos que não se submeteria aos maus tratos em se tornar um
escravo.
O
mercador de escravos chamava-se Manoel Joaquim, nascido em Lisboa
decidiu ficar com Iquemí na sua fazenda nas terras da bahia.
Assim Iquemí chegou a Bahia foi para a fazenda do mercador.
Mas
Iquemí não aceitava ser escravo, o mercador se afeiçoou de Iquemí
devido a sua valentia, sua força e destaque entre os negros, mal sabia
que sobre a luz do espiritismo ambos eram almas afins unidos pelo
destino.
Iquemí
foi conquistando a amizade do senhor Manoel Joaquim, que só teve um
filho que morreu cedo com apeste, gostava de Iquemí como de um filho e
um dia lhe disse:
- Negro, tu não tens um nome, um nome verdadeiro, um nome onde vais ser conhecido, vou pensar como te chamar.
O mercador adoeceu seriamente, antes de morrer batiza Iquemí de Manoel Joaquim de Luanda, um pedido de Iquemí.
Sua fama correu terras, envelhecendo se tornou pai de todos.
Pai
Manoel Joaquim de Luanda ( Pai Joaquim d’Angola) seu papel na
escravidão foi importantíssimo, promovia a paz entre seus irmãos de cor.
Bondoso, um verdadeiro cristão, Pai Joaquim recebeu seu primeiro chapéu
de palha, dado por bispo da igreja local quando sua cabeça já era toda
branquinha. Sofreu muito no cativeiro, mas jamais esqueceu sua grande e
velha mãe África.
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