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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Cruzamentos e obrigações na umbanda

Cruzamentos, obrigações e firmações no Umbanda. 

           Há vários impedimentos para aqueles que pretendem entender o espiritismo, notadamente o de Umbanda, contribuindo para isso a falta de informações melhores sobre a magia existente e o medo da própria palavra, pois bem, há uma magia conhecida e outra oculta em quase todas as religiões. A magia quer dizer de alguma forma as energias e os seres que são colocados em movimento por algum ritual ou prática. Assim uma oração é um ato de magia e o alcance do ato mágico está em quem responde, as energias e os efeitos no próprio individuo ou naqueles onde focaliza sua atenção. Na magia prática do umbanda podemos falar dos cruzamentos e obrigações, os cruzamentos incidem sobre os corpos dos participantes e fazem uma ligação com os seres, espítos e entidades, nas obrigações, principalmente as de agradecimento, os beneficiários principais são as próprias entidades, seus reinos e os seres e forças que são capazes de colocar em movimento. O reconhecimento do médium as torna mais fortes e potentes. Existem ainda as obrigações de fortalecimento, re reforço, feitas com o fim de aproximar as entidades, e os espíritos que compõe sua manifestação em benefício de uma necesidade, em geral física, do médium. Preferimos aceitar as obrigações de fortalecimento como uma aproximação do médium com as entidades dos reinos aos quais naturalmente todo o gênero humano está ligado e desta forma beneficiando fisica e emocionalmente o atendido. O cruzamento pode visar o fortalecimetno dos corpos internos se esse conhecimento existir no grupo, mas esse fortalecimetno sempre ocorre, será facilitado se houver o esclarecimento no praticante.   
        Outra questão crucial está nos conceitos que o praticante tenha sobre sua constituição interna, e outra sobre onde atuam os "espíritos, as entidades e até os obsessores", esse conhecimento é essencial para que se possa entender alguns dos rituais senão a grande maioria deles.      Há uma diferença entre o que pensam e praticam os muitos religiosos, mas em se tratando de Umbanda o que existe é desconhecimento. O nome Umbanda, espiritismo de Umbanda, terminou a partir da década de sessenta profundamente influenciado pelo candomblé e pela quimbanda. E assistimos muitas casas com grandes dificuldades de lidar com os "Orixás", como a presença de Ogum, não como São Jorge, que era o pensamento inicial, numa visão sincretizadora de que fossem as mesmas criaturas. Essa é uma visão simplista na qual falta o mínimo conhecimento sobre as hierarquias em que se organizam os "espíritos" e sobre o que ocorre nos momentos e após a morte. São Jorge não é Ogum, a falange de Jorge, ou de São Jorge, é uma falange e uma legião dentro da linha de Ogum, e ainda assim os Oguns são anteriores à existência do ser humano Ogum, príncipe africano elevado a condição de divindade, como os santos e deuses de quase todas as religiões: um espírito humano, um  Orixá Ancestral, mas Ogum pode ser um princípio, suas cores correspondem às cores do chacra  solar onde predominam o verde e o vermelho, e suas dez pétalas correspondem aos Oguns, como os doze xangôs correspondem às doze pétalas do chacra cardíaco. Os chacras e suas pétalas correspondem aos reinos ou às entidades em si. E os cruzamentos o que são afinal? Há o cruzamento que é uma cerimônia com duas finalidades distintas, uma firmação entre os médiuns e as entidades representadas num reino como o das águas, rios, cachoeiras, mares, e os da mata, ou o fortalecimento dos sensitivos, um reforço. Estes cruzamentos podem incluir obrigações de agradecimento dos médiuns para com as entidades, suas entidades e na confraria, onde não se usa nenhum tipo de sacrifício animal, a obrigação é uma referência aos reinos básicos da evolução humana: com frutas, flores, velas, bebidas. No caso dos trabalhos de mar de finalização do ano da Ordem da Confraria, os cruzamentos não são possíveis. Eles quando existirem devem ser parte de um processo contínuo, correspondendo aos sete anos de iniciação ao Umbanda que é a fase protetor/obsessor, nessa fase o sensitivo conhece as entidades que o acompanham, aquelas que se manifestam junto da entidade principal ou respondam ás suas necessidades iniciais de desenvolvimento. Chamamos esta fase de obsessor/protetor porque a entidade ainda não se define, não consegue se manifestar melhor através da incorporação, muitas vezes frágil do médium e que necessita de treinamento, e da aceitação de suas mediunidades. E uma longa fase de treinamento, de adequação, de alinhamento, e corresponde aos sete centros principais desde o básico, se forem sete cruzamentos no ano ainda serão sobre os aspectos básicos da formação e manifestação do médium. Nos anos seguintes até o sétimo seguirá a educação e a preparação do médium para sua manifestação, da vibração física e aquela que é sentida na pele, nos braços e nas pernas, até o momento da intuição e da telepatia correspondente aos centros superiores e aos aspectos superiores da entidade. Do menos aspecto até que o médium possa responder por suas formas elevadas de manifestação. Uma observação mais atenta mostrará que o cruzamento é um processo progressivo de estímulos e ajustes cujo efeito se estende por um ano ou até pela vida inteira do sensitivo. Aonde esteve enquanto espírito, aquilo a que foi ligado, o reino onde teve acesso, terão resultados por toda a existência, representam conquistas do indivíduo/médium ao qual somará a do ano seguinte e assim sucessivamente até que tenha completado uma fase de trabalho. O momento seguinte é a fase do protetor e os estímulos aos centros através do cruzamento preparam o médium para a manifestação identificada com sua entidades nos aspectos mais sutis. Sobre isso falaremos nos artigos seguintes. É possivel que um sensitivo permaneça nos npiveis iniciais de desenvolvimento por longo tempo se não houver instrução e auxílio. alguns naturalmente consegue melhores respostas na incorporação, mas raramento conseguem compreender o que acontece nos planos dimensionais. É uma hora nova no aprendizado, mais do que fé ou crença precisamos hoje de conhecimento e esclarecimentos. A religião pode conter ciência e fazer evoluir e despertar o homem.

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