FUNDAMENTO DAS GUIAS NA UMBANDA.
Fundamentos
das Guias Por Rubens Saraceni O texto é parte integrante do Livro
"Formulário de Consagrações Umbandistas" do Autor Rubens Saraceni /
Ed.Madras
O uso de colares, pulseiras e talismãs é tão antigo quanto a própria humanidade.
Todos
os povos antigos pesquisados adotavam o uso de colares confeccionados
com pedras roladas, seixos, dentes de animais, pérolas, penas, sementes,
pedaços de ossos ou de madeiras esculpidas, conchas, unhas de certos
animais, cabelos humanos ou crinas de animais trançados, etc.
São tantas as coisas usadas na confecção de colares que não nos é possível listar todas.
O
uso com respeito de colares confeccionados de forma rudimentar se perde
no tempo, tendo começado em eras remotas, quando ainda vivíamos em
cavernas ou éramos nômades, mas precisávamos de protetores contra o
mundo sobrenatural inferior ou contra o perigo de animais e insetos
venenosos ou os malefícios feitos por outras pessoas, etc.
Então,
que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias de
proteção" não é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos afros aqui
estabelecidos. Inclusive, os índios americanos também usavam e ainda
usam colares, braceletes, pulseiras e talismãs, tal como fazia e faz o
resto da humanidade.
Os
padres da Igreja Católica usam rosários, crucifixos pendurados no
pescoço (um colar, certo?), escapulários, etc., assim como todos os
sacerdotes da maioria das religiões atuais o fazem com seus colares
consagrados.
Enfim,
não há nada de excepcional, incomum ou fetichista no fato de os médiuns
umbandistas usarem colares de proteção ou de trabalhos espirituais
quando incorporados pelos seus guias.
O
uso de colares era tão comum na Antiguidade que originou a ourivesaria e
a joalheria como indústrias manufaturadoras de colares, pulseiras,
braceletes, talismãs, tiaras, etc., para atender aos sacerdotes e aos
fiéis mais abastados que preferiam ter objetos de proteção
confeccionados com pedras e metais preciosos e de difícil aquisição pelo
resto dos membros dos clãs ou tribos do passado.
Reis,
rainhas, príncipes, imperadores, ministros, etc., que formavam a elite
dos povos antigos, não usavam colares comuns ou de fácil confecção, mas
recorriam a artesãos especializados para confeccioná-los, tomando a
precaução de terem colares únicos e de mais ninguém.
Cadáveres
eram enterrados com colares, talismãs, etc., pois precisavam proteger
seus espíritos no mundo dos "mortos", assim como haviam precisado deles
aqui no mundo dos "vivos", e isso acontece até os dias de hoje na
cultura ocidental cristã, na qual o uso antigo de colares mágicos e
protetores perdeu seus fundamentos, sendo substituídos por gravatas,
lenços, cachecóis, fitas, etc. que envolvem o pescoço dos vivos e dos
cadáveres, certo?
Portanto,
irmãos(ãs) umbandistas, não se sintam constrangidos(as) por usar em
público colares ou "guias", pois não é em nada diferente do que todo
mundo faz.
Bem,
até aqui só comentamos o que é história e fato comprovável observando
os sacerdotes e fiéis de todas as religiões que, sem se aperceberem
disso, usam esse recurso mágico para se proteger do mundo sobrenatural.
Logo,
o uso de guias ou colares, braceletes, pulseiras, tiaras (proteção à
cabeça ou coroa), etc. tem fundamento mágico e deve ser entendido e
aceito por todos os umbandistas como um dos fundamentos mágicos da nossa
religião. Desde o seu início, fomos instruídos a usá-los pelos nossos
guias espirituais, que os consagram e os usam durante os passes
mágicos-energéticos dados nos consulentes em dias de trabalho.
Só
que a maioria dos umbandistas compra colares, braceletes, pulseiras,
talismãs, etc. sem saber ao certo quais são seus poderes ou usos
mágicos. E vemos muitos médiuns com muitos colares belíssimos no pescoço
mas que, se perguntados sobre o porquê de usarem tantos de uma só vez,
responderão que seus guias espirituais lhes pediram.
E,
se perguntados sobre os fundamentos de cada um deles, infelizmente não
saberão dizer quais são, porque isso não é ensinado regularmente na
Umbanda e o pouco que sabem foi ensinado por seus guias espirituais.
Na
Umbanda não existem muitas pessoas preocupadas com os seus fundamentos
divinos, espirituais, mágicos, litúrgicos, etc., e todos querem
"resultados" e ponto final.
Só
que isso, essa falta de preocupação com os fundamentos, está deixando
de lado importantes conhecimentos e fazendo com que objetos mágicos
sagrados sejam utilizados de forma profana e objetos profanos sejam
usados como se fossem sagrados, pois já não há informações correntes e
de fácil acesso aos médiuns umbandistas, ensinando-os corretamente e
esclarecendo sobre quando e como usar colares, braceletes, pulseiras,
talismãs, etc.
E
não adianta os mais "antigos" ficarem contrariados por essa nossa
afirmação, pois ou não sabiam quais eram esses fundamentos, e por isso
não ensinaram aos seus filhos-de-fé ou então, se sabiam e não ensinaram,
são os responsáveis pelo que está acontecendo com os novos umbandistas,
que não têm quem ensine nada a respeito, certo?
Bem,
vamos aos fundamentos ocultos dos mistérios dos colares, dos
braceletes, das pulseiras, dos anéis, das tiaras e dos talismãs e como
consagrá-los corretamente, beneficiando-se do poder de realização que
adquirem quando isso é feito por eles.
1º – Um colar, anel, bracelete, pulseira e tiara ou "coroa" é em si um "círculo".
2º – Por círculo estável entendam aquele que tem forma imutável (anéis e coroas).
3º
– Por círculo maleável entendam aquele que é flexível e movimenta-se,
abre-se ou fecha-se segundo os movimentos do seu possuidor, (colares,
braceletes e pulseiras).
4º
– O círculo é um espaço mágico. E, porque é um, então pode ser
consagrado e usado para uma ou mais funções pelo seu possuidor porque
torna-se em si um espaço mágico ativo e funcional muito prático e fácil
de ser usado.
5º–
É certo que esse fundamento só era conhecido dos grandes magos da era
cristalina e perdeu-se quando ela entrou em colapso, restando o
conhecimento aberto ou popular de que eram poderosos protetores contra
inveja, mau-olhado, fluidos e vibrações negativos, encostos espirituais e
magias negativas.
6º
– O conhecimento popular perdurou e acompanhou a evolução da
humanidade, e várias fórmulas consagratórias foram desenvolvidas no
decorrer dos tempos por magos, inspirados pelos seus mentores
espirituais.
7º
– Essas fórmulas consagratórias "exteriores" ou exotéricas puderam ser
ensinadas e perpetuadas, auxiliando a humanidade no decorrer dos tempos.
8º
– Mas, lembrem-se disto: são, todas elas, apenas fórmulas
consagratórias exteriores ou exotéricas e cujos fundamentos ocultos não
foram revelados.
9º
– Assim, porque os fundamentos ocultos não foram revelados, o poder dos
colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras e coroas só tem sido
usado como protetores... e nada mais.
10º
– A Umbanda, derivada dos cultos religiosos indígenas, afros e
europeus, adotou o uso de colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras,
coroas, etc. ainda que seus adeptos nada soubessem sobre os fundamentos
mágicos secretos existentes por trás de cada um desses objetos. Índios
brasileiros, negros africanos, brancos europeus ou mesmo hindus cheios
de colares no pescoço, pouco ou nada ensinaram sobre a consagração
interna ou esotérica que dariam a esses objetos (e outros, às imagens
inclusive) um poder de realização tão grande que não seriam vistos
apenas como adereços ou fetichismo e sim com respeito e admiração por
quem olhasse para eles ou os visse de relance.
11º
– Que alguém, umbandista ou não, diga-nos se algum dia leu ou ouviu de
outrem algo sobre os fundamentos ocultos e esotéricos dos colares,
braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, imagens, símbolos e demais
objetos mágicos. Com certeza só ouviu dizer que são fortes protetores
contra isso ou aquilo... e nada mais. Já os sábios hindus ou os velhos
babalaôs sempre disseram e ensinaram seus seguidores que esses adereços
consagrados por eles ou segundo suas fórmulas consagratórias (todas
externas e exotéricas) tornam-se poderosos talismãs ou patuás que dão
proteção contra isso ou aquilo.
12º
– Nós (e você) sabemos que nunca lhe ensinaram que aqueles colares,
braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas e demais objetos mágicos
usados nos seus trabalhos espirituais ou assentados no seu terreiro têm
outras finalidades além das de protegê-los ou aos seus trabalhos, certo?
13º
– Até os seus guias espirituais (Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças,
Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Encantados, Exus, Pombagiras,
Exus-Mirins, Ciganos, etc.) pouco lhes disseram sobre os mistérios de
seus objetos mágicos consagrados por eles externamente ("cruzados" por
eles é o termo mais adequado), não é mesmo?
14º
– Você usa os colares, pulseiras, braceletes, anéis, tiaras, coroas,
etc.) que eles cruzam e sente-se protegido contra inveja, mau-olhado,
maus fluidos, etc. e não dá maior valor que o de simples protetores,
pois eles foram cruzados e ativados segundo rituais ou processos
externos, praticados por guias espirituais impossibilitados de os fazer
segundo o ritual ou processo interno, que só pode ser feito a partir do
lado material da vida, por uma pessoa conhecedora desse mistério.
15º
– Se isso tudo está sendo revelado agora, um século após a fundação da
Umbanda, é para que os umbandistas deixem de procurar em outras
religiões ou nos cultos afros aqui estabelecidos os fundamentos
sagrados, ocultos e esotéricos (iniciatórios) de sua religião, pois eles
(todos, sem exceção) só revelam os fundamentos externos e exotéricos
abertos por eles e desconhecem os fundamentos sagrados da Umbanda, que
não sejam os deles.
16º
– Então, como um umbandista irá obter com eles o que desconhecem da
Umbanda e só conhecem de suas próprias religiões e de suas práticas
mágico-religiosas, que fazem porque funcionam?
17º
– Está na hora, pois ela chegou, de os umbandistas e suas práticas
começarem a ser copiados pelos adeptos das outras religiões.
18º
– Também chegou a hora de eles (os praticantes das outras religiões
afros) respeitarem o poder mágico da Umbanda e pararem de dizer, com a
"boca cheia" de orgulho, que a Umbanda não tem fundamentos e que a
religião deles é que os têm.
19º
– Está na hora de os umbandistas descartarem as fórmulas "secretas",
antiquadas e com fundamentos internos alheios e só recorrerem a fórmulas
consagratórias suas, muito bem fundamentadas no lado divino de seus
cultos, fórmulas estas muito mais poderosas que as deles, pois as nossas
são internas, iniciatórias, consagratórias e sagradas.
20º
– A Umbanda é uma religião mágica que tem seus próprios fundamentos e
não precisa recorrer aos outros, que podem servir para os seus adeptos,
mas não servem para os umbandistas.
21º
– Chega de buscar fora, e com quem não tem nada a ver com a Umbanda, o
que não têm para dar aos umbandistas mas que não perdem a oportunidade
de se mostrar "poderosos" e de explorar a boa-fé de pessoas mal
orientadas dentro de nosso culto.
22º
– Chega de umbandistas entregarem suas "coroas" a meros "fazedores de
cabeça" que só querem sua escravidão e subserviência, pois, após
"fazerem a cabeça", do mal informado umbandista, acham-se donos dele e
de suas forças espirituais.
23º
– Está na hora, pois ela chegou, dos umbandistas sentirem mais orgulho,
de ter mais confiança em suas práticas mágico-religiosas e de olharem
com indiferença ou como estranhas as práticas mágico-religiosas alheias,
que tanto não lhes pertencem como lhes são dispensáveis mesmo!
Consagrar
uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um
procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser
usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias
espirituais.
O
procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de
iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias
espirituais para que sejam cruzados (consagração).
Eventualmente
são deixados nos altares por determinado número de dias para receber
uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.
Os
guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os
de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos
médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos
mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com
essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou
descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro
dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros.
Eles
têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os
consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que recebem de
pessoas ou espíritos no dia-a-dia.
Mas
esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com
imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa
escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se
forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa,
terão 100% de poder.
Normalmente,
consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada
linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes.
Como
algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de
cores impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados
nos colares usados pelos médiuns.
Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:
1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.
2ª
— Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu =
preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu =
preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e
vermelho; dourado).
Enfim,
há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos
orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade,
irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as
cores das energias irradiadas.
Então,
não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas
cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual
delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos
afros.
— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.
—
"Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso
que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma
iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu
uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.
Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:
• Oxalá = branca • Nanã = lilás
• Iemanjá = azul-leitoso • Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho • Obaluaiê = branco-preto
• Xangô = marrom • Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo • Pombagira = vermelho
• Oxum = azul-vivo • Oxóssi = verde
• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados
regularmente
Como
na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram
incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete
Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:
• Egunitá = laranja
• Oiá-Tempo = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa
Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores.
Por
isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras
naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos
naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas
nas suas consagrações "internas".
Contas
e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente,
não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações
internas.
Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omolu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata
Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo?
Agora,
com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa
complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos
mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus
atendimentos aos consulentes.
— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.
— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.
— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".
— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.
Quanto
aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade de
espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de
sementes, etc.
No capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de descarga.
Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for consagrado corretamente.
Então,
supondo que os seus colares tenham sido consagrados corretamente, vamos
aos comentários necessários para que você comece a usá-los com mais
respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a Umbanda.
Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados pelos praticantes de magia.
Sabemos
que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc,
mas também que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não foram
revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a publicação do
nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras Editora), no qual
comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por velas.
Bem,
o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um círculo,
ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o
está usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis.
E,
por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um
espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e
enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias as cargas
energéticas projetadas contra o seu usuário.
Como
ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é
multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e faixas
vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas contra o
seu usuário.
• Ele interage com as dimensões elementais.
• Ele interage com as dimensões puras.
• Ele interage com as dimensões bielementais.
• Ele interage com as dimensões trielementais.
• Ele interage com as dimensões tetraelementais.
• Ele interage com as dimensões pentaelementais.
• Ele interage com as dimensões hexaelementais.
• Ele interage com as dimensões heptaelementais.
E,
quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para
dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde
outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida,
recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens.
Os
guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou
para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses
colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou
anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços
mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais
específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios também
específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus orixás
correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais.
Mas,
como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao plano
material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando seus
médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na
natureza.
Os
guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração
interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus
médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço,
trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações
elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.
Então,
agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes,
dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus
orixás ou de seus guias espirituais, mas que, se corretamente
consagrado, é um espaço mágico circular, certo?
E
também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na
natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou
industrializados.
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