A Morada das Almas...
Escrevo essa postagem em homenagem ao Dia dos Finados, porque todos nós
um dia estaremos na Morada Eterna. Nesse ponto, somos iguais, nem
melhores, nem piores, todos nascemos, todos morremos. E para onde vamos
depois? Novamente, em sonhos, eu tive o privilégio de visitar toda a
organização espiritual que acolhe, encaminha e seleciona os espíritos do
outro lado. Quando o espírito não possui débitos pesados e não é
empurrado ao Umbral pelas Leis de Ação e Reação, ele viaja para um local
de seleção e triagem, que mais parece uma estação de trem, com um monte
gente entrando e saindo, sempre acompanhado de seu Orientador
Espiritual, onde, então, é levado à sua Colônia de origem.
Existem vagões somente para crianças, achei isso muitíssimo
interessante. Vagões para idosos. Vagões para casais que morreram juntos
e vagões diversos. Enquanto você entra e senta, uma pessoa dá as
explicações necessárias para a compreensão da viagem. Eles servem um
caldo quente energizante, acho que para tirar os medos e fobias de cada
um, por saber que está morto... E depois acomodam em sono letárgico
aqueles mais apavorados. Durante a viagem é possível visualizar a Terra,
as nuvens no céu e várias colônias. O "trem-aéreo" vai passando de
Colônia em Colônia e deixando os passageiros, que reencontram amigos e
parentes nas estações. Depois, eles são encaminhados ao hospital para um
repouso salutar ou para uma conversa com seus Mentores.
Nessa viagem, quem fica por último é o mais privilegiado, pois visita
todas as Colônias anteriores e conhece um pouco mais do trabalho
espiritual dos falangeiros. Que merecimento tenho eu para ter realizado
essa viagem, ainda estando por aqui? Acho que apenas um: o de relatar a
vocês o quão impressionante é o Plano Espiritual! Quando cheguei ao
final da viagem, saí da plataforma da estação acompanhada pelo
preto-velho que trabalha comigo (Pai José de Aruanda). Ele estava
transfigurado, com vestes brancas reluzentes e um olhar carinhoso, me
apontou para "subir" (levitar) com ele e nesse momento senti um frio na
barriga, pois eu ia adentrar uma área desconhecida, nunca visitada: o Reino de Omulu.
Pareceu-me atravessar uma nuvem espessa, meio cinza, como nuvem de
chuva, mas quentinha e aconchegante. No momento em que atravessei ela,
todo o meu medo sumiu e eu senti uma paz enorme e fui envolvida por uma
luz muito grande...
Depois Ele me explicou que aquela nuvem limpa nossos corpos espirituais
para não sentirmos o impacto da mudança de vibração de energia. No Reino
de Omulu você só vê luz. Corpos envolvidos por muita luz, trabalhadores
espirituais que já evoluíram e não incorporam mais. Eles apenas mandam
luz para a Terra, para seus entes queridos e para a realização dos
trabalhos mediúnicos. É isso o que Eles fazem o tempo todo: mandam Luz!
Luz de Cura e de Amor... Uma luz pura, branquinha e gelatinosa igual
clara de ovo, quentinha e envolvente. Pai Zé me explicou que essa é a
função do Senhor Omulu: iluminar as almas para que elas não se percam do
seu caminho. E essa luz era o próprio Omulu. Eu me senti dentro de Deus!
Não sei definir a sensação porque me faltariam palavras, mas quando
acordei, senti que eu tinha morrido e renascido, por um breve instante
apenas.
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