O que é Mediunidade?
Muitos médiuns, antes da sua reencarnação,
aceitaram a tarefa mediúnica como opção de resgate de erros de vidas passadas.
Por isso não se trata de pessoas diferentes, favorecidas ou desfavorecidas pela
vida.
Mas todo aquele que comece a sentir sintomas que
indicam mediunidade, deve começar a pensar com seriedade sobre o
assunto.
Não é em vão que os poderes superiores nos dão
faculdades mediúnicas. Elas existem para podermos entrar em contato com o mundo
espiritual, receber notícias dos que se foram, esclarecimentos sobre a vida
nessa outra dimensão, sobre as leis naturais e sobre todos aqueles “porquês” que
tanto angustiam a alma humana. Mas existem principalmente como instrumentos para
a prática do bem, no atendimento a espíritos sofredores e obsessores, no consolo
aos aflitos de toda natureza e para alívio e cura de enfermidades do corpo e da
alma.Sabe-se que a tarefa mediúnica é programada antes da reencarnação e, muitas
vezes, ela representa uma troca nas formas de resgate kármico. Digamos que um
espírito, conhecendo ou lembrando-se de uma ou mais de suas vidas passadas, nas
quais cometeu faltas graves perante a Lei Maior, decide-se a resgatá-las.
Entende então, que para acabar com aquele remorso, retirar aqueles “pesos” de
sua consciência profunda, precisa renascer na Terra e purgar suas culpas numa
existência de sofrimentos ou limitações.
Nessas
situações, e quando há merecimento de sua parte, ele pode conseguir uma troca.
Em vez de reencarnar com um programa de vida repleto de dores e aflições, irá
retornar á matéria trazendo um compromisso de trabalho mediúnico. É a permuta de
sofrimentos por uma tarefa de amor. E lembramos, a propósito, que o apóstolo
afirmou: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Assim, em vez
da doença, da penúria, das deficiências físicas ou problemas semelhantes, esse
espírito reencarna trazendo compromisso de trabalho mediúnico, inteiramente
gratuito, visando apenas fazer o bem, ajudar o próximo
necessitado.
Também é
verdade que muitos médiuns sofrem... e muito. Sem dúvida sofreriam muito mais,
não fosse a sua tarefa mediúnica.
Mas há também
casos de mediunidade que não representam resgate, mas uma tarefa de amor que
alguém resolveu assumir.
Se o sofrimento
é caminho de evolução, também é instrumento de contenção e de equilíbrio. A dor,
queiramos ou não, nos preserva de muitas quedas espirituais, e muitas almas
valorosas não a dispensam de suas programações
reencarnatórias.
Sempre que alguém vai voltar à terra
comprometido com tarefa mediúnica, os mentores elaboram um planejamento para
suas futuras atividades. Eles também o preparam devidamente, para poder servir,
quando na Terra, como intermediário entre os encarnados e os
desencarnados.
O futuro médium
então renasce e cresce, recebendo os devidos cuidados da parte dos espíritos
responsáveis pela sua tarefa.
Então, ao
aproximar-se a época em que deve iniciar a sua atividade mediúnica, começam a
lhe ocorrer coisas estranhas: perturbações as mais variadas, doenças que os
médicos não conseguem diagnosticar, acidentes anormais, sensações perturbadoras
como arrepios e formigamentos, sonhos esquisitos, pesadelos, dores de cabeça,
visão ou audição de espíritos, e outras
semelhantes.
Nessas ocasiões
sempre aparece alguém para dizer que isto pode significar
mediunidade.
Pois bem, quando o médium, obedecendo ao
compromisso assumido, inicia o desenvolvimento de suas faculdades, também passa
a merecer assistência dos bons espíritos, que irão orientá-lo e ajudá-lo de
acordo com permissão superior. Mas, para que possa receber essa ajuda é
necessário que se torne merecedor, sendo dedicado, responsável, e procurando
melhorar sempre as próprias atitudes, tornado-as mais compatíveis com a nobreza
de uma tarefa no bem.
O médium deve também trabalhar, sem cessar, pela
própria evolução ou crescimento interior; dedicar-se a leituras de elevado teor
espiritual, como por exemplo “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A
conduta reta e o amor fraterno representam a sua segurança e equilíbrio como
medianeiro entre a dimensão material e a espiritual. Isto é fundamental para
fortalecer o seu campo energético e situá-lo fora da faixa de sintonia com
entidades inferiores.
Nos meios espíritas é onde poderá encontrar maior
segurança para suas atividades, porque é onde melhor se conhece e mais
seguramente se trabalha no campo mediúnico.
Mas a mediunidade também pode ser uma faca de dois
gumes: com Cristo, na caridade mais pura e sob a direção de pessoas experientes
e verdadeiramente fraternas, apresenta-se como ponte de luz entre a Terra e o
Céu. Mas quando se propõe ao atendimento a interesses rasteiros, ao ganho de
bens, de posições, de influência ou status, ou pior ainda, a fazer o mal, ela se
transforma em canal para espíritos das sombras com resultados imprevisíveis, mas
sempre muito ruins.
E o pior ocorre no retorno ao mundo espiritual,
depois da morte. Ali, o médium faltoso terá de amargar suas dores, seus remorsos
e o resultado de suas ações irresponsáveis ou antifraternas, sem falar em que
terá de recomeçar tudo outra vez, e em condições mais
desfavoráveis.
Na maioria dos casos, o candidato a médium começa a
receber o chamamento para a tarefa e não atende; muitos por medo, outros por
acomodação e outros ainda, por causa de suas religiões, pois a maioria delas,
sem conhecerem bem o assunto, condenam a mediunidade e a comunicação dos
espíritos.
Mas as suas faculdades certamente começarão a
aflorar, mesmo assim, no tempo previsto. Só que, pela falta de orientação
adequada e pelo não cumprimento do compromisso assumido antes da reencarnação,
elas podem transformar-se em canal para as mais diversas perturbações, podendo
desembocar em doenças ou em desequilíbrios os mais variados, de conseqüências
imprevisíveis.
É preciso, no entanto, ver que não foi a
mediunidade a causadora desses problemas, mas sim, o descaso do próprio médium
que deixou de cumprir seus compromissos.
PERGUNTA FREQUENTE
É possível que todas as pessoas sejam
médiuns?
De certa forma todas as pessoas são médiuns, porque
todas são passíveis de serem influenciadas pelos espíritos, mas quando falamos
em médium a referência é feita aos que tem essas faculdades mais desenvolvidas,
capazes de transmitir o pensamento dos espíritos, ou servir como veículo para
suas manifestações na matéria.
Há médiuns, desde aqueles que possuem faculdades
apenas latentes, até aqueles outros nos quais elas se apresentam com toda a sua
potencialidade.
Os primeiros, regra geral, não têm maiores
compromissos nesse terreno, enquanto uma mediunidade estuante certamente está
informando que há tarefas de maior ou menor abrangência em sua pauta
reencarnatória.
Também há casos em que a tarefa é ampliada no
decorrer dos anos, a depender do desempenho do médium, enquanto em outros ela
não chega a ser cumprida em sua totalidade. E há também aqueles, infelizmente
muitos, que a abandonam a meio do caminho, sem falar nos que nem chegam a
iniciá-la.
Na maioria dos centros espíritas há cursos para
médiuns, com estudos doutrinários e sobre mediunidade, nos quais os
participantes vão aprendendo a se concentrar e a educar suas faculdades. Isto é
muito importante para que a sua tarefa possa desenvolver-se com equilíbrio e
dentro dos princípios de ética ensinados pelo Espiritismo.
A mediunidade praticada com amor, dedicação e
desprendimento é fator de equilíbrio e paz para seu
portador.
PERGUNTA FREQÜENTE
Quais são as principais atividades mediúnicas
desenvolvidas num centro espírita?
As principais atividades mediúnicas nos centros
espíritas são a desobsessão e o atendimento a espíritos
sofredores.
Alguns centros também se dedicam a curas através da
mediunidade, nos mais variados formatos.
Mas as faculdades mediúnicas também são utilizadas
para contatos com espíritos orientadores, para recepção de mensagens, para
escrita de livros, e muitas outras finalidades voltadas para o
bem.
E há ainda a pintura de quadros, por espíritos de
pintores, a composição de músicas,
etc.
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