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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Exu Corcunda
Exu Corcunda nasceu na Espanha, e foi criado por uma família muito devota e católica, estudou em grandes colégios, sempre regado a uma vida de luxo e sofisticação. Quando completou 18 anos, Corcunda foi fazer faculdade, este se formou em direito, mas por pressão da familia, por este levar uma vida que eles mesmo denominavam de errante. Foi obrigado por seus pais a se formar padre, após anos de estudo, Ele foi ordenado padre, mas naquela época dava-se ínico a Santa Inquisição Espanhola, na qual um dos atributos era exterminar a povo cigano que tomava conta da Espanha.

Por conhecer leis, e ter se formado em direito Exu Corcunda foi nomeado juíz de inquisição, o qual praticou diversos crimes, detendo grande ódio por aqueles que não seguia seus príncipios católicos, condenando ciganos, feiticeiros e pessoas que não praticassem a fé católica sem ao menos dar chance de defesa aos acusados.

Passado vários anos, seu pai já estava com idade avançada, e este em leito de morte revelou que Corcunda não era seu filho, que este foi deixado na porta por uma familia pobre, disse ainda seu pai que esta familia era retirante do Egito que estes seguiam a fé cigana.

A coléra e a ira tomaram conta de Corcunda e este se rebelou contra seu pai e principalmente contra a igreja. Mas isto não bastou pois o que mais lhe perseguia foram seus atos errôneos. E a partir daquele dia Exu Corcunda jurou nunca mais praticar uma injustiça e sempre lembrar de seu passado, o povo que ele tanto odiou agora era o povo que ele fazia parte. Por deixar os dogmas católicos de lado, foi morto por mais um dos inúmeros julgamentos injustos da Santa Inquisição.

No espiritual este faz parte de uma falange comandada pelo Exu Gira-Mundo, trabalhando ao lado dos Exus Meia-Noite , Mangueira e também exu tiriri. Trabalha com causa de justiça pois vibra no pólo negativo do Orixá Xangô.

domingo, 9 de junho de 2013

"Exu faz o bem e faz o mal? Depende o que você pede para ele?"
Até quando vamos aceitar que estas perguntas se tornem afirmações:
Exu faz o bem e faz o mal!
Depende o que você pede para ele!
E dizer que não temos nada a ver com isso!!!
Até uma criança sabe o que quer dizer cumplicidade,
ser cúmplice no erro é crime e é burrice,
ser cúmplice no erro é assumir o carma alheio,
ser cúmplice no erro é errar duas vezes...
Exu na Umbanda não é cúmplice do erro alheio,
Médium caído nas trevas da sua própria ignorância é que
passa a ser cúmplice do erro alheio e atrai para si entidades negativas que vão envolve-lo em suas tramas de dor, ódio e vingança com encarnados escravos dos próprios sentidos desvirtuados...
Exu na Umbanda é LEI, é LUZ, é VIDA...
ACEITAR A IDEIA DE QUE EXU É CÚMPLICE,
Aceitar a ideia de que Exu faz o Bem e faz o Mal...
É aceitar que ele seja mesmo o "demônio", "tinhoso",
"coisa ruim", "trevoso"... tudo menos Exu de Lei e
na Umbanda Exu sempre vem na Lei, quando tem
já a liberdade de dar consulta e orientar.
Exu enquanto guia espiritual está sempre na Lei,
Exu enquanto guia quer evoluir e quer também a minha evolução,
Exu enquanto guia é orientador e tem uma consciência maior que a minha.
Exu é Luz em minha vida, e não é apenas Exu; Pombagira também é Lei, Luz e Vida...
Só não vê quem não quer,
Exu e Pombagira são ponto forte e fraco na Umbanda,
forte se conheço e fraco se desconheço...
Assim como nós, Exu e Pombagira são espelhos de nós mesmos,
se eu conheço minha sombra, se eu conheço minhas trevas, se eu conheço meu ego, se eu conheço meus vicios, se eu conheço minhas paixões e me proponho a trabalhar sentimentos, pensamentos, palavras e atos então este conhecimento me torna forte.
Se eu desconheço ou se coloco para debaixo do tapete minhas dores, medos e traumas então passo a me reprimir, me torno hipócrita, e repreendo no outro o que eu gostaria de vivenciar...
Exu e Pombagira nos ajudam a lidar com estas questões, ajudam a lidar com nosso ego, com nossas dores, com nossas paixões, para vencer nossos desejos desequilibrados e curar nossos sentimentos.
Pena que tantos olham para Exu e Pombagira e só conseguem ver justamente o contrário, querem usar de sua força e poder para vivenciar ainda mais seus desequilibrios... um dia acordarão... o que é inevitável..

sexta-feira, 7 de junho de 2013

19 de abril – Santo Expedito!

Santo Expedito foi martirizado na Armênia. Ele era militar, foi decapitado no dia 19 de abril de 303, sob o imperador Dioclesiano, que subira ao trono de Roma em 284.
A existência de Santo Expedito é verdadeira. Armênio, nascido em uma pequena cidade chamada Melitene, participava da 12ª. Legião, denominada “Fulminante”, desde os tempos de Marco Antônio. Esta Legião tinha a missão de defender o império romano dos bárbaros asiáticos. Outros oficiais cristãos de seu exército foram supliciados e mortos na perseguição realizada pelo Imperador Diocleciano.
A Armênia é uma região da Ásia Ocidental situada ao sul do Cáucaso entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, nas margens nos rios Tigre e Eufrates. De acordo com as escrituras ( Genesis 8.6), foi sobre as montanhas armênias do Ararat que a Arca de Noé pousou quando as águas do dilúvio abaixaram.
O Imperador Diocleciano subiu ao trono em 284. Por seu caráter, parecia oferecer aos cristãos garantias de benevolência, pois havia em seu palácio liberdade de religião, sendo inclusive sua esposa Prisca e sua filha Valeria, cristãs.
Mas sob a influência do seu genro Galero, pagão convicto, determinou a perseguição dos cristãos, ordenando a destruição de igrejas e livros sagrados, a cassação de assembleias cristãs e abjuração de todos os cristãos. Galero e sua mãe, também pagã, conseguiram convencer Diocleciano que o cristianismo conspirava contra a augusta pessoa do Imperador.
Diocleciano empreendeu a última maior perseguição aos cristãos, uma verdadeira hecatombe, envolvendo membros de sua própria família e servidores de seu palácio. Somente em 324, com a retomada do poder pelo Imperador cristão Constantino, é que por fim tais terríveis perseguidores cessaram. Na mesma época também foram supliciados o pretor Sebastião, o legionário Jorge, nossos grandes conhecidos
Segundo a história, ele levava uma vida devassa; mas um dia, tocado pela graça de Deus, resolveu mudar de vida. Foi então que lhe apareceu o Espírito do mal, em forma de corvo, e lhe segredou “cras….! cras….! cras….!” que quer dizer: amanhã…! amanhã…! amanhã…!, isto é deixe para amanhã! Não tenha pressa! Adie sua conversão!
Mas Santo Expedito, pisoteando o corvo, esmagou-o, gritando: HODIE! Quer dizer: HOJE! Nada de protelações! É pra já! É por isto que o Santo Expedito é invocado nos casos que exige solução imediata, nos negócios em que qualquer demora poderia causar prejuízo.
No Brasil, sobretudo, Santo Expedito é invocado nos negócios e dificuldades da vida. Conhecido como “o santo das causas urgentes”
Dentro da Umbanda, Santo Expedito seria o respons´vel por uma das falanges da linha de Oxalá,junto com Santo Antonio, São Cosme e Damião, Santa Rita, Santa Catarina, e Saõ Francisco de Assis.
Oração ao Poderoso Santo Expedito
Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes interceda por mim junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo, socorra-me nesta hora de aflição e desespero, meu Santo Expedito Vós que sois um Santo guerreiro, Vós que sois o Santo dos aflitos, Vós que sois o Santo dos desesperados, Vós que sois o Santo das causas urgentes, proteja-me. Ajuda-me, Dai-me força, coragem e serenidade. Atenda meu pedido (Fazer o pedido). Meu Santo Expedito! Ajuda-me a superar estas horas difíceis, proteja de todos que possam me prejudicar, proteja minha família, atenda ao meu pedido com urgência. Devolva-me a paz e a tranqüilidade. Meu Santo Expedito! Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé.
 
 
SÃO SEBASTIÃO - UM BATALHADOR DA FÉ


Diz a história que, quando Sebastião era ainda pequeno, sua família mudou-se para a cidade de Milão, bem mais próxima de Roma, que era a capital do Império. Ali morreu o seu pai, ficando o menino entregue aos cuidados maternos. A sua mãe era cristã, e isto não era tão comum naquela época, lá pelo ano 284. Os cristãos eram perseguidos como inimigos do Estado pelo fato de não adorarem aos deuses pagãos. Todos os que adotassem essa nova religião seriam aprisionados e lhes eram confiscados os seus bens.
Daí então, a mãe de Sebastião, sendo cristã, transmitiu ao filho o dom da fé cristã. Fé vivia e verdadeira que nos compromete em tudo e sempre. Assim começa a história de um santo, início de uma vida como de qualquer vida.

A PERSEGUIÇÃO
Faz muito tempo que Sebastião viveu; tantos séculos atrás, no alvorecer da era cristã. Por causa de sua vida, em conflito com a dos demais, em Roma, os cristãos começaram a ser perseguidos e Sebastião tomou uma decisão importante: iria para Roma e tentaria ajudar os cristãos de lá, confiando na sua fé e no prestígio que gozava como soldado fiel e corajoso.
Agora é que começa a segunda parte da vida do jovem oficial do império. Estamos no ano 303. Desde o ano 63, quando Nero era imperador romano, os cristãos foram quase, ininterruptamente, perseguidos. De tempos em tempos, um imperador declarava o extermínio sumário dos cristãos. Cada um deles decretava uma perseguição mais feroz do que outra. A perseguição, a que nos referimos, iniciou-se precisamente no dia 23 de fevereiro de 303 e foi ordenada pelo imperador Diocleciano com o seguinte decreto:
"Sejam invadidas e demolidas todas as Igrejas! Sejam aprisionados todos os cristãos! Corte-se a cabeça de quem se reunir para celebrar o culto! Sejam torturados os suspeitos de serem cristãos! Queimem-se os livros sagrados em praça pública! Os bens da Igreja sejam confiscados e vendidos em leilão!"
Por três anos e meio correu muito sangue e não houve paz para os inocentes cristãos!
Sebastião, logo que chegou a Roma, foi promovido a oficial. O imperador cativado pela fibra e personalidade deste jovem o nomeou comandante dos pretorianos, seus guardas-pessoais.
Um alto cargo, sem dúvida. Cargo de confiança e de influência. No exercício deste ofício, porém, Sebastião estava exposto aos perigos da corte. Sua vida talvez não corresse perigo, mas sua fé poderia ser abalada e suas convicções transformadas.
A corte era um resumo de todos os vícios e depravações existentes no Império. O próprio imperador Diocleciano, filho de escravos, conseguiu o poder às custas de assassinatos. Era de uma avareza que se tornou proverbial. Os tributos, que explorando o povo, o levaram, em pouco tempo, à extrema miséria.
Nesta vida, dois são os caminhos a seguir e que conduzem a lugares diferentes: existem caminhos fáceis, largos... que levam à perdição e existem caminhos ásperos, estreitos, íngremes... que levam à salvação.
Podemos imaginar a quantos perigos a fé de Sebastião esteve exposta. Não é só de hoje que costumamos dizer: "O mundo está perdido!"
Para o cristão, qualquer tempo é tempo de provação e de tentação. Em todo tempo, porém, é preciso perseverança na virtude da fé.
De fato, é na hora da provação que a verdade aparece transparente. É nas dificuldades que se prova até onde vai a nossa fé em que medida somos capazes de entregar a vida por alguém. O viver, a fundo, o Evangelho, é oferecer a própria vida, se isso for exigido.
Durante esse tempo de perseguição, Sebastião trabalhava na corte. Ocultava com muito cuidado sua fé cristã, não com medo de morrer, mas para cumprir melhor o seu papel: encorajar seus irmãos na fé e na perseverança, especialmente os mais tímidos e vacilantes, merecendo, com isso, o título de "auxílio dos cristãos".
Assim sendo, muitos cristãos aprisionados e temerosos de sua morte, após ouvirem Sebastião, sentiam-se revigorados e destemidos, prontos a enfrentar a tortura e a morte por amor a Cristo. Não mais os amedrontava o cárcere e a crueldade nos suplícios.
Entretanto, havia uma razão para explicar a força que sustentava os cristãos em suas provações e essa força era o amor, seguido do despreendimento, a fé e a esperança em Cristo ressuscitado. Sebastião sabia perfeitamente de tudo isso e por esse motivo passava de cárcere em cárcere, visitando e animando os irmãos a se manterem firmes na fé, mostrando que na vida, os sofrimentos são passageiros e que o prêmio reservado aos perseverantes na fé é eterno.
Sendo chefe da guarda imperial, tinha livre acesso, de entradas e saídas, sem maiores complicações. E muitos dos que ouviam suas palavras se convertiam. Foi numa dessas visitas a presos que o carcereiro e sua mulher Zoe, alguns parentes dos presos e demais funcionários da prisão, tiveram oportunidade de ouvir suas comvincentes palavras.
Conta-se que enquanto Sebastião falava, Zoe, que era muda, começou a falar. Diante desse fato, ficaram maravilhados, o carcereiro e todos os presentes e logo se dispuseram a aceitar a fé cristã, professada por Sebastião. Os cristãos estavam presos, mas não a Palavra de Deus. A Palavra do Senhor, de fato, não está acorrentada. Ela é Caminho, Verdade e Vida para todos nós!
O caminho do cárcere era escuro, mas o cristão o alumiava com a sua fé; o lugar era frio, mas ele o aquecia com suas preces fervorosas e cantos inspirados. Apesar das correntes, estava, pelo poder de Deus, livre para Ele. Na pressão esperava a sentença de um juiz, contudo sabia que estava com Deus e Ele julgaria os mesmos juízes.
Mas enquanto alguns resolvem iniciar seu processo de conversão, outros continuam tramando o mal. De fato, a perseguição sistemática do imperador Diocleciano torna-se cada vez mais violenta, exigindo dos cristãos, muita coragem e heroísmo.
Aqui acontece um fato que vem amenizar a vida dos perseguidos. O Prefeito da cidade de Roma, Cromáceo, convertido ao cristianismo, demitiu-se do cargo e começou a reunir, ocultamente, em sua casa, os recém-convertidos e, desta forma, estes não eram molestados. Ele sabia que muitos não resistiriam ao martírio, caso fossem presos. Então sugeriu que todos aqueles fossem para longe de Roma. Ali estariam protegidos da feroz perseguição. Seguiam, assim, o que Jesus havia sugerido no Evangelho: "Se vos perseguirem numa cidade, fugí para outra!"
À medida que aumentava a perseguição, os companheiros que Sebastião tinha instruído e convertido à fé cristã, iam sendo descobertos, presos e mortos. A primeira foi Zoe, esposa do carcereiro. Foi surpreendida e presa quando rezava no túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo. Recusando prestar culto aos deuses romanos, foi queimada e suas cinzas foram jogadas no rio Tibre, em Roma.
O sacerdote Tranquilino, por sua vez, foi apedrejado e seu corpo exposto ao ludíbrio popular. Ao resgatar os corpos dos mártires, vários amigos de Sebastião foram descobertos e presos. Entre eles se achavam: Cláudio, Nicostrato, Castor, Vitoriano e Sinforiano. Durante dias, os inimigos da fé cristã pelejaram com eles para que renegassem a fé, mas nada conseguiram. Por fim, o imperador ordenou que fossem atirados ao mar.
A perseverança é a palavra chave, reveladora do segredo e do sucesso dos cristãos. Eles redobravam suas orações e jejuns, pedindo a Deus que os fortalecesse para o combate. Mantinham-se firmes na convicção de que é Deus quem dá a perseverança e a vitória.
"Os magistrados que julgam as leis do Império, aceitem todas as acusações que se façam contra os cristãos, e nenhum apelo ou desculpa se admita na defesa dos réus!"
Como se vê, não havia absolutamente, direito de defesa... Os cristãos eram acusados das coisas mais absurdas: de incendiar casas e cidades, de comer carne humana, de querer tomar o poder e outras coisas inacreditáveis...
Sebastião já não podia continuar ocultando sua fé, por ter se tornado luz que ilumina a todos. E um dia alguém o denunciou ao prefeito, por ser cristão. O imperador também foi cientificado e recebeu todas as informações. Deixar Sebastião em liberdade representava um grave "perigo" para a cidade inteira. Então, mandou que o chamassem para ouvir dele próprio a confirmação.
Acuado e acusado de todos os lados, preparou-se o soldado cristão para assumir a sua missão. Ainda podia fugir, podia voltar atrás, mas não o fez: ficou firme em sua fé e assumiu o acontecimento iminente. Ele anunciou o Reino de Deus, denunciou a inutilidade dos ídolos da sociedade, suas injustiças e falsas ideologias, seus mitos e seus pecados. Tinha se comprometido e, por isso, agora devia pagar o devido preço.
O cristão, para ser tal, deve se assemelhar a Jesus, o servo de Javé. Sua missão é testemunhar a Palavra de Deus que é verdade, direito, justiça, paz, fraternidade e amor. Este testemunho porém, tem um preço, as vezes, muito alto: o cristão é marginalizado, rejeitado por todos, até a morte.
Sebastião percebe, no entanto, que o silêncio de Deus é somente o intervalo entre duas palavras fundamentais: Morte e Ressurreição! Ele já está pronto para responder, com seu sangue, às perguntas dos inimigos do bem e da verdade.
Revestido da cintilante couraça e ostentando todas as insígnias merecidas, Sebastião se apresenta diante do imperador que o interroga. Diante dos presentes estupefatos, confessa sua fé e diz resolutamente ser cristão. O imperador logo o acusa de traidor. Sebastião lembra que esta acusação é uma absurda mentira, pois até agora tem cumprido fielmente seu dever para com a Pátria e o imperador, protegendo-lhe a vida em muitas circunstâncias.
O imperador estava imaginando uma forma original, diferente, de executar a sentença de morte que iria pronunciar contra o seu mais fiel oficial. Mandou chamar o comandante dos arqueiros de numídia, homem originário de uma região desértica da África, onde a caça só era possível com as flechas e o incumbiu de executar a sentença capital do oficial cristão.
O imperador ordenou que amarrassem o soldado cristão a uma árvore, num bosque dedicado ao deus Apolo. Que o crivassem de flechas, mas não atingissem seus órgãos vitais, para que morresse lentamente. Assim foi feito! Com a perda de sangue e a quantidade de feridas, Sebastião desmaiou, já era tarde! Julgando-o morto, os flecheiros retiraram-se.
Alguns cristãos que haviam preparado o necessário para o enterro, foram buscar o corpo. Provavelmente subornaram os carrascos dando-lhes dinheiro para conseguir o corpo do mártir. Qual não foi a surpresa daqueles cristãos, quando perceberam que Sebastião respirava ainda. Estava vivo... Levaram-no à casa da matrona Irene, esposa do mártir. Caustulo e, com muito cuidado, foram curando-lhe as feridas.
Alguns dias se passaram, Sebastião já havia se recuperado dos ferimentos e estava disposto a ir até o fim. Não fora ele chamado "defensor da Igreja" pelo próprio Papa? Se ele a tinha defendido antes, às ocultas, agora a defenderia publicamente, para que todos pudessem escutar a defesa da Igreja, ali reduzida ao silêncio.
Chegou o dia 20 de janeiro. Era o dia consagrado à divindade do imperador. Este saiu em grande cortejo de seu palácio e dirigiu-se ao templo do deus Hércules, onde seriam oferecidos os sacrifícios de costume. Estando coroado pelos sacerdotes pagãos e pelos homens mais nobres do império, foi concedida uma audiência pública. Quem desejasse pedir alguma graça ou apresentar alguma queixa, poderia faze-lo nesta ocasião, diante do soberano.
Sebastião, com toda a dignidade que sempre o distinguiu e cheio do Espírito Santo, apresentou-se diante do imperador e, destemidamente, reprovou-lhe o comportamento em relação à Igreja. Reprovou-lhe as injustiças, a falta de liberdade e a perseguição aos cristãos. O imperador ficou estarrecido ao reconhecer naquela pálida figura, a pessoa de seu antigo oficial que o julgava morto. Tomado de ódio, ordenou aos guardas que o executassem ali, em sua presença e na presença de todos. Ele mesmo queria ter a certeza de sua morte.
Imediatamente, os guardas investiram contra ele, e o moeram de pancadas com cassetetes e com os cabos de ferro de suas lanças, até que Sebastião não deu mais sinal de vida. O imperador ordenou, então, que o cadáver do oficial traidor fosse jogado no esgoto da cidade e, assim, seria apagado, para sempre, a sua memória.
Sebastião, como todo cristão, tinha esta firme convicção: se Cristo ressuscitou, todos nós ressuscitaremos com Ele, pois, pelo Batismo, fomos incorporados ao seu corpo glorioso. A morte já não é o fim, não é o ponto final e definitivo. Ela foi superada, tornou-se apenas uma porta para a verdadeira vida!
Neste caminhar, um mistério nos ultrapassa, a saber participar da vida de Cristo, significa despojar-se de si mesmo e aceitar cooperar com sua missão essencial de salvação, que passa pela cruz e pela morte. Assim como nenhum cabelo de nossa cabeça cai sem que Ele o permita, nenhum fato ou acontecimento escapa ao seu conhecimento.
Durante a noite, um grupo de cristãos foi até o local onde o corpo de Sebastião tinha sido jogado. Os homens desceram à muralha que cercava o canal, pelo qual corria o esgoto da cidade. Com o rio Tibre estava na vazante, o corpo de Sebastião ficara preso a um ferro. Levado para a catacumba, ali foi enterrado com todas as honras as honras e veneração dos cristãos, aos quais ele tanto servira e amara.
São Sebastião, por tudo aquilo que fez e enfrentou, é um santo muito popular. É invocado como protetor contra a peste, a fome, a guerra e todas as epidemias. Mas de onde vem esta devoção?
Entre os antigos, as flechas, eram símbolos da peste pelas feridas cancerosas que provocavam. Assim sendo, a piedade cristã, sabendo que em seu primeiro martírio Sebastião havia sido sufocado por uma saraivada de flechas, escolheu-o para ser protetor contra o flagelo da peste, epidemia arrasadora, especialmente nos tempos passados, mas que ainda hoje é bastante temível.
Mas foi no ano 680, quando uma grande peste vitimara toda a Itália, que os fiéis recorreram a São Sebastião, fazendo voto de erigir uma Igreja a ele dedicada, se a peste cessasse. E a peste realmente cessou! Desde então, São Sebastião passou a ser invocado contra a peste e suas irmãs a fome e a guerra.
NOVA LEI SECA E A UMBANDA.
Não são apenas os fãs do Happy hour que terão de mudar seus Hábitos com a nova Lei de trânsito, que proíbe o consumo de álcool pelos motoristas. Os adeptos de alguns cultos religiosos também terão de dar um jeito de adaptar os rituais nos terreiros brasileiros.
Nova Lei Seca multa motorista com 0,05 mg de álcool por litro de sangue Nova medida de prevenção de acidentes no trânsito já está valendo . O Conteúdo do Texto prevê multa de R$ 1.915,30 para motorista flagrado sob efeito de álcool O motorista que for parado em um blitz de trânsito para teste do bafômetro e for flagrado com 0,05 mg ou mais de álcool por litro de sangue será multado, caso esta quantidade estabelecida pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) seja atingida mesmo quando considerada a taxa de tolerância máxima dada ao aparelho. A nova medida de prevenção de acidentes no trânsito já está valendo, uma vez que foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (29/01) após ter sido sancionada pela presidente Dilma Rousseff no dia 20 de dezembro. Antes disso, a quantidade permitida era de 0,1 mg/L. Conforme a resolução, o novo procedimento a ser adotado pelos agentes de trânsito na Lei Seca também estabelece que a fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa deverá ser procedimento operacional rotineiro. Agora as autoridades podem utilizar, além do bafômetro, testes clínicos, depoimento de policiais, testemunhos de terceiros, fotos e vídeos para comprovar a embriaguez do motorista. O texto também prevê multa de R$ 1.915,30 para motorista flagrado sob efeito de álcool e de outras drogas. Caso o motorista reincida na infração dentro do prazo de um ano, a proposta é duplicar o valor, chegando a R$ 3.830,60, além de determinar a suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
A questão da Lei Seca e o uso de bebidas alcoólicas pelas Entidades durante a gíra tem sido alvo de discussões nas redes sociais e nos terreiros. Essa são alguns questionamentos levantados:
1) Com a criação da Lei Seca, onde a tolerância para a presença de álcool no sangue dos motoristas é praticamente zero, como ficam os médiuns cujas Entidades ingerem bebidas alcoólicas?
2) Os Guias entenderão as leis humanas e passarão a adotar outras práticas, abolindo o uso de álcool? Ou não vão nem querer saber da lei e vão continuar utilizando esse elemento através da ingestão?
3) Muitos estudiosos e médiuns alegam que não tem nenhum problema o uso de álcool, porque os Guias levam tudo quando vão embora. Alguns dizem até que o cheiro da bebida não fica na boca do médium. Diante destas afirmativas, teremos uma boa oportunidade, mesmo que forçada, para que diante do bafômetro e de possíveis exames hematológicos, verificarmos a veracidade destes conceitos.
As questões colocadas são deveras pertinentes e tentaremos respondê-las aqui. As Entidades que se manifestam em nossos Terreiros, Casas, Tendas e Choupanas, o fazem por amor às humanas criaturas, trazendo ensinamentos e o alento para aqueles que aos milhares recorrem à Umbanda para a solução de seus problemas.
Acreditamos que as entidades que manifestam nos Terreiros de Umbanda, Crianças, Caboclos, Pretos-Velhos e Exus estão livres do círculo encarnatório, não mais resgatando na penumbra da forma, portanto livres de vícios e demais mazelas típicas de espíritos que ainda não se libertaram das impressões terrenas. Mas na realidade essas Entidades que estão dentro da Lei de Umbanda evoluem dentro de suas próprias linhas. Sendo assim, a grande maioria destas Entidades não usam do tabaco e do álcool por vício.
Na verdade elas manipulam os elementos contidos nestes produtos em benefício do médium e dos consulentes. Com o fumo há a manipulação dos elementos água, fogo e ar, usados na forma de uma defumação "forte" e com o álcool a utilização dos elementos água e fogo com o intuito de descarregar o próprio médium das cargas que vão se acumulando durante os atendimentos.
Esse é um tema muito polêmico e que deve ser discutido dentro de cada terreiro. Mas, enquanto a legislação não prevê exceção para as entidades, recomendamos: “SE INCORPORAR E BEBER NÃO DIRIJA”.
O que é um Ebó?
São rituais que visam corrigir várias deficiências na vida de um ser humano (saúde, amor, prosperidade, trabalho profissional, equilíbrio, harmonia familiar, etc.) A composição de cada Ebó depende da sua finalidade, e os seus componentes vão desde bebidas a frutas, folhas, velas, adornos, alimentos secos, mel, óleo de palma, louças, artefactos de barro ou ágata., etc..
Tipos de ebòs existentes
Èbó Etutu: sacrifício propiciatório de purificação para os falecidos ou um Orisa no
período de iniciação. (carregado de elementos)
Èbó Iyònu: Sacrifício para transformar a Raiva, Ódio em Afeição ou obter os favores
de um Orisa ou Ancestral.
Èbó Opinodu: Sacrifício de alinhamento do Ori com o Odu pessoal. Ebori; Sacrifício para Ori e o Orisha auxiliar.
Èbó Eledá: Sacrificio de alinha mento e conexão direta com Deus (criador).
Èbó Alafia: Oferecimento de tranqüilidade.

Èbó Omisi: Banho de Expurgação com elementos adequados.
Èbó Omi-Eró: Banho propiciatório de apaziguamento.
Èbó Idamewa: Oferecimento de dízimos ou beneficência (voluntaria), também inclui comidas e banquetes.
Èbó Itasile: Oferecimentos com petições e libações cerimoniais para os Orisa ou Eegun
Èbó Ópé: Oferecimento de Ações de Graças ou Agradecimento com toques de Ilú (tambores), oferendas de Adimu’s e festividade para Ori/Orisha.
Èbó Oresisun ou Sisun: Sacrifício ao fogo. A destruição do sacrifício por fogo constitui a separação de um estado passado para uma dimensão futura.
Èbó Fifí: Sacrifício às ondas. Situação semelhante ao prévio com o elemento Água.
Èbó Ese: Sacrifício para quem cometeu um pecado, quer dizer desobediências, quebra de tabu.
Èbó Eni: Sacrifício de esteira.
Èbó Ate, Ebo katerun ou Ebo Atepon: Ebo realizado somente pelo Awo de orunmila.
Èbó Epile: Sacrifício de fundação, na finalidade de estruturar um Ile Ifá/Orisa, uma casa residencial ou comercio.
Èbó Todara: Sacrifício bem elaborado de forma bem arrumada e ornamentada, muito bonito e agradável aos olhos, para fins de abundancia e sucesso.
Èbó P’ajé: Sacrifício específico para neutralizar Bruxaria agressiva, Feitiços de amarração feitos por mulher feiticeira.
Èbó Epepa: Sacrifício para neutralizar pragas (maldições).
Èbó nifé: Sacrifício para união e harmonia no matrimonio, geralmente é executado com micro incisões no Ori de ambos interessados.
Èbó Awedo: Sacrifício de purificação nas águas de um rio bem limpo.
Èbó Ikuda: Sacrifício para tirar uma pessoa das mãos da Morte (Iku).
Èbó Agberepota: Sacrifício de proteção contra perversidades de Inimigos físicos ou sobrenaturais.
Èbó Aségbe: Sacrifício de proteção pessoal.
Èbó Itá: Sacrifício executado para Ogun e Osanyin no terceiro dia após uma iniciação de Yawo.
Èbó Ìrán: Sacrifício de defesa e ataque.
Èbó Èró Elegun: Sacrifício para acalmar alguém possuído por Orisa.
Èbó Dìde Abiku: Sacrifício para manter um Abiku na Terra (vivo)
Èbó Tabi Ajé: Sacrifício para se tornar uma Iyami.
Èbó Nidosù: Sacrifício pra tornar pessoa um iniciado em Orisa.
Èbó Àwúre: Sacrifício para benefícios.
Èbó Ajeru: Sacrifício para conseguir melhorar as finanças.
Èbó Owonini: Sacrifício para atrair dinheiro.
Èbó Arimolé owo: Sacrifício enterrado para atrair dinheiro.
Èbó Afòran: Sacrifício pra escapar de processos na justiça.
Èbó Isègun Òta: Sacrifício pra vencer Inimigos.
Èbó Ìféran: Sacrifício para conquistar Amizade, atrair Amor, Afeição.
Èbó Irogun: Sacrifício para evitar Confusão, Guerras, Desordem.
Èbó Ayekuro: Sacrifício pra acabar com Azar.
Èbó Awórò: Sacrifício para chamar fregueses.
Èbó Ìfa Ènìyàn: Sacrifício para atrair clientes.
Èbó Ìtaja: Sacrifício para ter sucesso nas vendas em comercio.
Èbó Omobi: Sacrifício para obter fertilidade e filho.
Èbó Ipélaye: Sacrifício para longevidade.
Èbó Ajodarà: Sacrifício para ter Boa viagem.
Èbó Gbéré: Sacrifício de Incisões para penetração do Ashé ou para proteção
O sal é a "substância cara aos deuses".

Citação de Platão
ORIGEM

Desde a Antiguidade que o sal é utilizado pelos homens e é considerado um bem sal muitissimo precioso. Consideravam eles que era uma dádiva dos Deuses, e associaram-na tanto á religião, quanto á bruxaria. Para além disso, o seu valor monetario e economico era comparável ao do ouro, da seda e das especiarias.
A palavra sal vem do vocabulário grego “hals” e “halos”, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra “halita”, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais, que é o sal gema.
Na Roma Antiga, a principal via de transporte chamava-se “Via Salaria” ou “estrada do sal”. Era por essa via que chegavam as caravanas que traziam o sal para a capital do Império, era por ela que os centuriões transportavam os cristais preciosos para a cidade. Como pagamento eles recebiam o “salarium”, que significava “dinheiro para comprar sal” e recebiam igualmente umas medidas de sal como pagamento de parte dos seus emolumentos. O sal tinha assim um valor economico como unidade monetária. O uso da palavra “salarium” perdurou ao longo dos tempos, reconhecendo-se o seu nome na raiz etimológica da palavra “salário” (do latim “salariu”, ou “ração de sal”, “soldo”).
Desde 2000 a. a. que o sal é usado como forma de preservar os alimentos, carne, peixe…
Se nos nossos dias encaramos o sal como um alimento perfeitamente comum, tão comum que a generalidade das pessoas nem lhe dá a mínima importância (a não ser para dizer que a comida está salgada ou sem sal!), as coisas nem sempre foram assim…
O USO DO SAL AO LONGO DOS TEMPOS E CULTURAS
sal1 Na Antigüidade, era oferecido aos deuses, era usado pelos sacerdotes tanto em liturgias religiosas como em cerimónias mágicas, como para afastar os demônios.
Os assírios utilizavam-no nos cultos religiosos.
No antigo Egipto, o sal foi considerado matéria sagrada e era usado como produto sagrado, sendo feitas oferendas de sal aos Deuses.
Os Egípcios usavam igualmente o sal para desidratar e embalsamar o corpo dos faraós.
Os romanos consideravam o sal um simbolo de sabedoria, e por isso usavam-no num ritual aos recém-nascidos: derramavam sal sobre eles para que não lhes faltasse a sabedoria.
Os Romanos e os Gregos nos seus sacrifícios aos deuses do lar, deitavam Sal na cabeça do animal, para o purificar. Para eles o sal simbolizava igualmente a destruição e a infertilidade, daí a pratica dos romanos espalharem sal nas terras conquistadas: para elas se tornarem estereis para sempre. Era um sinal de perpétua desolação. Os Romanos tinham uma expressão para exprimir a infidelidade a uma amizade que era “trair a promessa e o sal”. Assim desde aqueles tempos a ausência de um saleiro sobre a mesa representava um presságio, tanto quanto o sal derramado.
Da prática ritualistica destes povos, bem como do povo hebreu, de salgar os sacrificios oferecidos aos Deuses, nasce uma superstiçao muito comum na Antiguidade. Se o sal era derrubado na hora do sacrificio, prenunciava má sorte.
Para os hebreus, o sal era um elemento purificador. O sal sempre teve um grande simbolismo, sendo o simbolo da perenidade da aliança entre Deus e o povo de Israel.
No cristianismo, mantem-se a crença judaica do sal como purificador, assim no ritual de baptismo era colocado sal nos lábios dos recém-nascidos.
Na Idade Média, os alquimistas usavam o sal como elemento entre o mercurio e o enxofre, sendo essencial á transmutação de metais. O sal continuava sendo indispensável para afastar os maus espiritos, os demónios e as bruxas. Assim, deitava-se sal na chaminé da casa para impedir os demónios de nela entrarem. E o facto de alguém comer alimentos sem sal era considerado altamente suspeito!!! Proliferaram igualmente as superstições relativas ao sal, mantendo-se a supertição de que desperdiçar sal era mau agouro, era sinal de malefício. Nesta época, o Sal separava senhores e servos, os que tinham dinheiro e os que não tinham…
Na obra de Leonardo da Vinci (1452-1519), “A última ceia” retrata um saleiro derrubado diante de Judas e apontando na sua direcção. Já naquela época dizia-se, que algúem que entornasse sal deveria pegar nalgum do que foi derramado e lançá-lo para trás do ombro esquerdo, lado que representava o mal.
Os árabes citam recomendações de Maomé para: “começar pelo sal e terminar com o sal; porque o sal cura numerosos males”.
O SAL NA BIBLÍA

Na Bíblia, as primeiras referências ao sal estão no Antigo Testamento, no Livro de Jó, com data estimada de 300 anos a.c., sendo que o A.T. o menciona com frequência, seja no contexto prático da vida, seja simbolicamente (significa nomeadamente pureza, incorruptibilidade, fidelidade). Em contrapartida no N.T. a referência ao sal torna-se metafórica. No sermão da Montanha, Jesus diz aos apóstolos “vós sois o sal da terra”. Os Livros de Mateus e Marcos fazem alusão ao sal como dádiva da terra.
Algumas passagens biblicas:
No A.T., o Livro dos Reis vangloria as qualidades purificadoras do sal.
Mas, o sal também trazia desgraça – um salmo relata que Deus podia transformar rios em desertos e terra fértil em pântano de sal, como castigo pela crueldade dos seus habitantes.
E em Juizes, 9:44, Albimilech capturou a cidade de Shechem, matou as pessoas que ali se encontravam, arrasou a cidade e semeou-a de sal. E, ainda transformou a mulher de Lot em estátua de sal porque olhou para trás ao fugir de Sodoma e Gomorra, cidades destruídas pela ira divina.
No A.T., o sal era um simbolo importante da relação com Deus. Assim, o sal devia ser colocado em todas as ofertas e os manjares oferecidos a Deus deviam todos ser salgados com sal:
“E todas as tuas ofertas dos teus alimentos temperarás com sal; e não deixarás faltar á tua oferta o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal” – A.T. Levitico 2:13.
Na Biblia encontra-se o termo “aliança de sal” designando uma relação com Deus que não pode ser rompida (aliança perpétua de sal)- Números, 18,11; Crônicas, 13,5.
“Todas as ofertas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao SENHOR, dei-as a ti, e a teus filhos, e a tuas filhas contigo, por direito perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é esta, para ti e para tua descendência contigo.” – Números 18:19
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” – Colossenses 4:6
“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.”- Mateus 5:13=

Recebido por email.

O Outro Lado da Festa


Os preparativos para a grande festa estão sendo providenciados há meses.
As escolas de samba preparam, ao longo do ano, as fantasias com que os integrantes irão desfilar nas largas avenidas, em meio às arquibancadas abarrotadas de espectadores.
Os foliões surgem de diversos pontos do planeta, trazendo na bagagem um sonho em comum: “cair na folia”.
Pessoas respeitáveis, cidadãos dignos, pessoas famosas, se permitem “sair do sério”, nesses dias de carnaval.
Trabalhadores anônimos, que andam as voltas com dificuldades financeiras o ano todo, gastam o que não têm para sentir o prazer efêmero de curtir dias de completa insanidade.
Malfeitores comuns se aproveitam da confusão para realizar crimes nefastos, confundidos com a massa humana que pula freneticamente.
Jovens e adultos se deixam cair nas armadilhas viscosas das drogas alucinantes.
Esse é o lado da festa que podemos observar deste lado da vida. Mas há outro lado dessa festa tão disputada: o lado espiritual.
Narram os Espíritos superiores que a realidade do carnaval, observada do além, é muito diferente e lamentavelmente mais triste. Multidões de Espíritos infelizes também invadem as avenidas num triste espetáculo de grandes proporções. Malfeitores das trevas se vinculam aos foliões pelos fios invisíveis do pensamento, em razão das preferências que trazem no mundo íntimo.
A sintonia, no Universo, como a gravitação, é lei da vida. Vive-se no lugar e com quem se deseja psiquicamente. Há um intercâmbio vibratório em todos e em tudo. E essa sintonia se dá pelos desejos e tendências acalentados na intimidade do ser e não de acordo com a embalagem exterior.
E é graças a essa lei de afinidade que os espíritos das trevas se vinculam aos foliões descuidados, induzindo-os a orgias deprimentes e atitudes grotescas de lamentáveis conseqüências.
Espíritos infelizes se aproveitam da onda de loucura que toma conta das mentes, para concretizar vinganças cruéis planejadas há muito tempo.
Tramas macabras são arquitetadas no além túmulo e levadas a efeito nesses dias em que momo reina soberano sobre as criaturas que se permitem cair na folia.
Nem mesmo as crianças são poupadas ao triste espetáculo, quando esses foliões das sombras surgem para festejar momo.
Quantos crimes acontecem nesses dias…quantos acidentes, quanta loucura…
Enquanto nossos olhos percebem o brilho dos refletores e das lantejoulas nas avenidas iluminadas, a visão dos espíritos contempla o ambiente espiritual envolto em densas e escuras nuvens criadas pelas vibrações de baixo teor.
E as conseqüências desse grotesco espetáculo se fazem sentir por longo prazo. Nos abortos realizados alguns meses depois, fruto de envolvimentos levianos, nas separações de casais que já não se suportam mais depois das sensações vividas sob o calor da festa, no desespero de muitos, depois que cai a máscara…
Por todas essas razões vale a pena pensar se tudo isso é válido. Se vale a pena pagar o alto preço exigido por alguns dias de loucura.
Os noticiários estarão divulgando, durante e após o carnaval, a triste estatística de horrores, e esperamos que você não faça parte dela.
Você sabia?
Você sabia que muitas das fantasias de expressões grotescas são inspiradas pelos espíritos que vivem em regiões inferiores do além?
É mais comum do que se pensa, que os homens visitem esses sítios de desespero e loucura durante o sono do corpo físico, através do que chamamos sonho.
Enquanto o corpo repousa o espírito fica semiliberto e faz suas incursões no mundo espiritual, buscando sempre os seres com os quais se afina pelas vibrações que emite.
Assim, é importante que busquemos sintonizar com as esferas mais altas, onde vivem espíritos benfeitores que têm por objetivo nos ajudar a vencer a difícil jornada no corpo físico.
Equipe de redação do Momento Espírita. Texto baseado nos capítulos 6 e 23 do livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ed. Leal.

OS CIGANOS E A UMBANDA DIVINA


Os ciganos e a espiritualidade
CIGANOS NA UMBANDA
“Eu vi um formoso Cigano Sentado na beira do Rio Com seus cabelos negros E os olhos cor de anil Quando eu me aproximava o cigano me chamou Com seus dados nas mãos O cigano me falou Seus caminhos estão abertos Na saúde, na paz e amor, Foi se despedindo e me abençoou Eu não sou daqui, mas vou levar saudades, Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades.”
gip05 Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.
O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.
A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não gip04 ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária.
Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.
Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas.
Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.
Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.
Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs.
O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.
gip10 Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais.
Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.
Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.
É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.
Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento.
Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro.
É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos.
Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc. Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.
Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal.
Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce.
E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.
Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel.
Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus. gip09[1]
As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral.
Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos. Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza.
Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu.
Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza.
Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.
É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua…”
Trecho extraído do livro “Rituais e Mistérios do povo Cigano” de Nelson Pires Filho Ed.Madras
Web site: www.feguardioesdaluz.com.br
Autor: Nelson Pires Filho

Mediunidade Êta Exercício Difícil !


por Vânia
2996944074
A Faculdade Mediúnica, torna-se difícil de ser exercida, não pelo fato de desenvolvê-la e fazer caridade, mas sim, por ser uma faculdade que nascemos com ela por trazermos do Plano Astral firmada dentro de nós, por escolha e solicitação do “Espírito Encarnante”, na maioria das vezes, a fim de resgatar débitos passados.
Portanto está intrínseco neste Espírito Encarnado, selado com o Astral Superior um compromisso, nesta existência, que na verdade é a “Reforma Interna daquele Espírito para com o Astral Superior em modificar a trajetória de seu caminho”.
Por um lado, após encontrarmos o local de trabalho, parece ser fácil, mas é neste momento que o compromisso começa. Como?
Primeiro exercitando dentro de nós a fraternidade, o amor universal, a caridade material e espiritual, o desligamento do nosso “ego”, pensamos ser fácil realizar tudo isso? Pois, não é, “desligarmos nosso Ego”, é difícil.
No Templo(Choupana, Barracão, Terreiro, Casa Espiritual, Centro, etc), durante a incorporação quando damos passagem a nossos irmãos espirituais para cumprirem suas missões de auxiliar aos necessitados é o maior dos exercícios pois temos todo um trabalho até chegarmos até ao ato de incorporação:
Temos que estar de corpo, mente e espírito limpos, tanto na parte material como na espiritual, como:
a) tomando os banhos, orando, praticando a caridade verdadeira, estudando, aprendendo, observando, calando “nosso eu”, calando nosso espírito encarnado para poder absorver os ensinamentos em volta;
b) apagar nosso eu, esquecer de nós em prol dos outros, não é fácil, pois requer que esqueçamos os elogios, nossas vontades, nossos desejos, nossa imposição de posicionamento diante das pessoas;
c) significa abandonar, deixar cair os véus da vaidade, orgulho, materialidade e ligar-se nos exemplos passados por nossos irmãos espirituais, por mais difícil que nos pareça.
d) sabedoria, requer tempo e observação.
e) obediência, respeito, amor universal para com seus semelhantes, seus superiores, tolerância com os irmãos e com os diferentes tipos de pessoas e cultos.
Quando damos passagem a nossos irmãos espirituais para cumprirem suas missões de auxiliar aos necessitados, inclusive nós, estamos exercitando a humildade, caridade verdadeira, cedendo nossos recursos como ectoplasma, corpo mental e físico, acreditando sem ter dúvidas nos doando realmente sem cobranças.
E nosso trabalho no dia-a-dia continua, pois mediunidade está intrínseca no Espírito, portanto, ele pratica 24 hs, tem que estar em consonância com o que pratica. Não adianta ser “bonzinho” no local de trabalho espiritual e quando sair de lá praticar erros, maltratar os irmãos, não ter tolerância, freqüentar lugares pesados, mentir, enganar, pois com essas atitudes estamos na realidade nos iludindo cada vez mais, o Plano Astral nunca se engana, no falar e no observar, devemos ser cuidadosos com nossas escolhas de vida.
O ensinamento vem “de cima para baixo” ( do plano Astral para o plano material) e nós somos meros aprendizes, não devemos nos envaidecer de nada, pois, cada coisa material que alcançamos , serve para nos testar também, se iremos modificar ao simples despertar de ambições materiais.
As Leis Universais, não são nem boas, nem más, são a balança cósmica nos cobrando o comprometimento que realizamos com o Plano Astral, em nos sintonizarmos realmente com o Plano Espiritual, que é a Unidade e não a Individualidade.
Lembremos sempre ao dar qualquer passo na vida material, não viemos aqui julgar, condenar, pois somos falíveis também. Viemos para aprender, amoldar o espírito, recuperar nossos erros, melhorar espiritualmente. Como então apontar erros, julgar, condenar nossos irmãos por atitudes que eles tenham, se somos tão falíveis quanto eles.
Ensinemos através do bom exemplo( o amor, a tolerância, o carinho, sem arrogância, praticando o bem estaremos ensinando da melhor forma possível nós mesmos. O bom Umbandista:
Tem boca para falar do bem
Tem olhos para ver o Bem
Atitudes direcionadas para o bem.
Tem compreensão com seus irmãos,
Levando-os ao caminho do Bem.
Perdoa, tem Lealdade e comprometimento
com o irmão, com seus orientadores, com sua doutrina,
respeitando assim a Lei Universal.
Sendo sincero com si mesmo estaremos sendo honestos com nossos irmão.
Enxergar nossos erros, em vez de apontar os de nossos semelhantes, se doar , trabalhar para nossa Umbanda, com amor, fidelidade, humildade e vontade, esse é o caminho espiritual aceito pelo Astral Superior.
Por esses motivos ser Umbandista de “Fato e Direito”, cumprindo com as Leis Universais, é um “Exercício Difícil”, mas não impossível, vamos tentar, melhorarmos a “nós mesmos”, exercendo nosso “Livre Arbítrio”, da melhor forma possível.
Desejo a todos os irmãos uma feliz caminhada, de conquistas espirituais, um Natal de verdadeira renovação interna a fim de alcançarmos nossos objetivos espirituais de comprometimento com o Plano Astral Superior, paz, harmonia, saúde, amor, fraternidade, união.
Vânia
(dezembro 2008)
Fonte: Texto recebido do grupo Boiadeiro Rei.

Porque Caboclos e Pretos Velhos?


Introdução, comentários e pesquisa de Alexandre Cumino – Publicado no Jornal de Umbanda Sagrada – Outubro de 2008
O texto abaixo é de Lilia Ribeiro, publicado na Revista Gira da Umbanda, numero 1, em 1972. Revista editada por Atila Nunes Filho.
Lilia Ribeiro foi dirigente da TULEF (Tenda de Umbanda Luz Esperança e Caridade) e editora do jornal informativo Macaia.
A TULEF foi uma das Tendas fundadas por médiuns que vinham da linhagem direta de Zélio de Moraes e que fazia questão de seguir ao maximo a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Lilia foi quem registrou o maior numero de entrevistas com Zélio de Moraes e boa parte do material foi entregue diretamente a Mãe Maria, da Casa Branca de Oxalá. A palavra de Lilia é forte e carregada de embasamento, tanto quanto de vivência com a Umbanda de Raiz primeira.
Portanto todos os textos desta médium, sacerdotisa, autora e pesquisadora são de suma importância para a religião e não podem se perder no tempo.
São poucos os textos doutrinários de Lilia a maioria do que nos chega de sua autoria são as entrevistas e organização do pensamento e definições dadas por Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Vamos ao texto:
Uma das incógnitas que ainda perduram, na Umbanda, é a verdadeira nacaboclayara tureza dos Caboclos e Pretos-Velhos.
Várias opiniões formaram-se a respeito dessas entidades que, através de uma linguagem simples, emitem, por vezes, conceitos que revelam o pensamento erudito de um mestre.
No decorrer de vários anos de convivência com os nossos Velhos e Caboclos, observando-lhes os trabalhos, auscultando opiniões sobre os problemas da vida terrena, notamos que o grau de conhecimento, de evolução varia muito.
Encontramos Pretos Velhos aparentemente apegados aos bens materiais, fazendo questão do “tôco” e do “pito” que não cedem a ninguém, aborrecendo-se com facilidade, reagindo como simples criaturas humanas.
Outros, porém, revelam no procedimento e nas palavras, no acatamento à disciplina imposta necessariamente pela direção espiritual dos trabalhos, a luz espiritual adquirida.
Uns e outros referem-se às senzalas, à vida passada na escravidão ou nas aldeias.
Se o freqüentador assíduo dos terreiros não procurasse o guia apenas para lhe expor as dificuldades da vida terrena, buscando somente o con­selho para a solução mais fácil dos seus problemas materiais, teria oca­sião de receber ensinamentos pre­ciosos sobre a vida futura, as reen­carnações, a neces­sidade de ven­cer, com o próprio esfor­ço, a passa­gem difícil que se lhe apre­senta e que será mais um grau con­quistado na escola da vida.
Dizia José Álvares Pessoa que a Umbanda é, talvez, a única religião que se preocupa com os problemas ma­teriais do homem. Não por ser um culto mate­rializado.
Pelo contrário: percebendo co­mo o ser humano premido pelas difi­culdades que o seu próprio Carma con­duz, se afasta do criador, quando a en­fer­midade, a falta de recursos financei­ros, a desarmonia no lar se tor­nam mais poderosos que a sua crença, os dirigen­tes espirituais do nosso planeta organi­za­ram um movimento destinado a dar ao homem o conforto, o conselho, a aju­da através dos quais poderá ser, ainda uma vez, reconduzido aos caminhos da fé.
Criaram-se legiões de missionários e para que mais facilmente fossem aceitos e compreendidos pelas classes menos favorecidas, assumiram a feição ainda mais simples, apresentando-se como escravos ou nativos.
Mas terão sido realmente, todos eles, pretos ou índios?
Sabemos que a pobreza e a humanidade não afluem na escala espiritual;
a história da nossa pátria evidencia a lealdade, o caráter do índio brasileiro, o valor de muitos escravos.
Sabemos, igualmente que não existem fronteiras, no mundo astral.
Logo, não é de crer que haja um plano exclusivo para caboclos e pretos escravos.
Preferimos, portanto, adotar o conceito de muitos espiritualistas, entre os quais o acima citado J. A. Pessoa:
os guias participam desse movimento de socorro ao homem encarnado,
neste final do segundo milênio e se apresentam como Caboclos e Pretos Velhos, nem sempre tiveram a última passagem na terra como escravos ou índios; alguns, possivelmente, nunca o foram.
Assumiram essa personalidade como distintivo da missão que viriam a desempenhar.
Uns contam como viveram, há 2pretovelho 00 anos ou há pouco mais de meio século, nos engenhos ou nas aldeias indígenas. Outros abstêm-se de qualquer referência à sua passagem na vida terrena.
Pacientemente, dão atenção às queixas, ao relato dos pequenos problemas de rotina da nossa vida, aconselhando, animando, esclarecendo, conforme a necessidade de quem lhes fala.
Ensinam a mensagem do Evangelho, o perdão, o amor ao próximo, mos­tram como é necessário dar para rece­ber, perdoar para ser per­doa­do, corrigir as fa­lhas, dominar os senti­mentos de vingança, de inveja, para adquirir luz.
E através desse traba­lho humilde, incompreen­­dido, ainda, por mui­tos, vão prosseguindo na missão de recon­duzir o homem ao caminho que o levará a Deus.
Sua origem, não importa.
Se o Caboclo viveu como um cacique de uma tribo ou como iniciado de uma seita oriental, não interessa no momento.
Se o Velho foi escravo ou jovem médico, ou se foi mestre na magia, também não faz diferença.
O que vale, agora, é apenas a missão a ser cumprida, em benefício da humanidade,
para que o Brasil, futuro centro de difusão do Evangelho, esteja melhor preparado para o advento do III Milênio.
Transcrição completa do artigo publicado pela revista Gira da Umbanda, ano 1 – número 1 – 1972, Introdução, comentários e pesquisa de Alexandre Cumino
Publicado no Jornal de Umbanda Sagrada – Outubro de 2008

Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda


68FD8_2Este é um artigo sobre Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda. Aproveite também para conhecer alguns produtos relacionados ao caminho da mão esquerda.Candomblé, Quimbanda [ou Kimbanda], Umbanda: estas são as principais denominações entre as religiões afro-brasileiras.Alguns, negam a estas crenças o status de “religião”:
1. porque não se enquadram na idéia de “religião oficial”;
2. porque são praticadas por minorias sociais.
No Brasil, embora muito se fale do Candomblé e da Umbanda, os números oficiais, do IBGE, não deixam qualquer dúvida quanto a essa condição de minoria que é uma realidade das religiões afro-brasileiras.
No censo de 2000, em uma população que ultrapassa 160 milhões de habitantes, pouco mais de 525 mil pessoas se declararam adeptas do Candomblé e da Umbanda, embora outros tantos milhares de não-adeptos freqüentem terreiros e tendas como “clientes”.Os dados também revelaram que existem mais Umbandistas que “candomblezistas”… [Umbanda: 397.431 ─ Candomblé: 127.582, em universo onde mulheres são a maioria... meditemos...]. Sobre os clientes, escreve Reginaldo Prandi:
“[O candomblé] …como agência de serviços mágicos… oferece ao não-devoto a possibilidade de encontrar solução para problema não resolvido por outros meios, sem maiores envolvimentos com a religião. [O cliente é] …consumidor de serviços mágicos que a religião oferece também aos não-devotos, sob pagamento… – [PRANDI, p 12]…
E sobre as religiões afro-brasileiras como minorias, comenta Prandi:
“Em 2001, Ricardo Mariano, analisando o crescimento evangélico, em sua tese de doutorado, fez uma descoberta sensacional. Descobriu que as religiões afro-brasileiras estavam perdendo fiéis… E apontou como razão o enfrentamento com as igrejas pentecostais [[os evangélicos, até porque os pastores se apropriaram de rituais do candomblé ou adaptaram esses rituais como o descarrego, o banho com a rosa branca, os passes e juntaram tudo isso com o apelo à figura de Jesus Cristo!]. …Pode-se ver que a perda de fiéis do conjunto afro-brasileiro se deve ao encolhimento da Umbanda. Como o pequeno crescimento do Candomblé não é suficiente para compensar as perdas umbandistas, o conjunto todo se mostra, agora, debilitado e declinante diante do avanço pentecostal.” [PRANDI, p 17/18]
No imaginário popular, especialmente daqueles pouco informados sobre estas religiões, Candomblé, Kimbanda, Umbanda não “tudo a mesma coisa”, “tudo macumba!”, não reconhecendo cada uma como credo distinto, como se não houvesse diferença entre suas teologias, liturgias e origens históricas. Porém, o estudo, ainda que superficial revela que as três não se confundem; ao contrário, diferem significativamente em suas características essenciais e o único fato que têm em comum é a adoção de elementos da cultura religiosa afro-brasileira e, por brasileira, entenda-se catolicismo no molde português colonial.
Diferenças em Linha GeraisCandomblé, Quimbanda e Umbanda distinguem-se:1. pelas natureza das entidades cultuadas e/ou invocadas/evocadas;
2. pelos procedimentos do culto;
3. pelos elementos culturais componentes do sincretismo;
4. e, finalmente, pelo uso que se faz das forças metafísicas acionadas.Considerando estes aspectos, notar-se-á, imediatamente, que o Candomblé difere da Quimbanda e da Umbanda de forma mais enfática enquanto Quimbanda e Umbanda são muito mais próximas.No Candomblé, os cultuados, os Orixás [ou Orijás] são considerados deuses; na Quimbanda e na Umbanda, ainda que o culto também invoque e evoque Orixás, estes são considerados meros espíritos ancestrais mais antigos ao lado de numerosas outras entidades representativas de ancestrais mais modernos e/ou contemporâneos.No Candomblé, os deuses, desde de sua origem em terras africanas, também são ancestrais porém sua antiguidade remonta a tempos imemoriais. São como os heróis e deuses gregos, grandes reis, guerreiros e personagens que viraram mitos, foram mitificados e, assim, alcançaram a condição de divindades. O mesmo processo que originou o panteão greco-romano. Muito além da fantasia popular, os deuses gregos também foram personagens fundadores de Civilizações, de um tempo antediluviano, como Poseidon [ou Netuno] que, segundo a tradição relatada por Platão, em Crítias, foi o último rei Atlante da última grande ilha remanescente da lendária Atlântida.Na Quimbanda e na Umbanda, os ancestrais são vistos como antepassados mesmo, pessoas mortas, homens e mulheres proeminentes e/ou sábios ou, ainda, perversos. São Espíritos que baixam no culto [evocação, sem incorporação] ou incorporam nas pessoas [invocação] a fim de atuar no mundo dos vivos.A Umbanda reivindica propósitos sempre voltados para o bem, com um discurso claramente cristão. A Quimbanda, embora seus teóricos neguem, é fortemente associada à magia negra, aos trabalhos para o mal e, além de para espíritos humanos desencarnados, como na Umbanda, também se utiliza de seres não-humanos: larvas [criações da mente dos sacerdotes-magistas], demônios [Espíritos obcessores] e elementais.Nas palavras do místico e escritor José Romero Romeiro Abrahão:
“A Quimbanda é um culto mágico às Entidades malévolas, denominadas Exus, Quimbandeiros… Em geral, na Quimbanda só se trabalha para o mal de alguém ou então para submeter uma pessoa à vontade da outra”.
Morte Subita coloca a sua disposição uma série de artigos onde são descritas as particularidades de cada uma das três religiões afro-brasileiras.Leia mais na fonte do site Morte Súbita – http://mortesubita.org/jack/cultos-afros/teoria/diferencas-entre-umbanda-candomble-e-quimbanda/vieworacleUMBANDA / CANDOMBLE UmbandacongaA palavra Umbanda é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era f alada pelos integrantes do tronco Tupy.
Diferentemente do que alguns acreditam, este termo não foi trazido da África pelos escravos.
Na verdade, encontram-se registros de sua utilização apenas depois de 1934, entre os cultos de origem afro-ameríndia.
Antes disto, somente alguns radicais eram reconhecidos na Ásia e África, porém sem a conotação de um Sistema de Conhecimento baseado na apreensão sintética da Filosofia, da Ciência, da Arte e da Religião.
O termo Umbanda, considerado a “Palavra Perdida” de Agartha, foi revelado por Espíritos integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais. Estes espíritos são Seres que há muito não encarnam por terem atingido um alto grau de evolução, mas dignam-se em baixar nos templos de Umbanda para trazer a Luz do Conhecimento, em nome de Oxalá – O Cristo Jesus. Utilizam-se da mediunidade de encarnados previamente comprometidos em servir de veículos para sua manifestação.Os radicais que compõem o mote UMBANDA são, respectivamente:
AUM – BAN – DAN
Sua tradução pode ser ncomprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattânico revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint-Yves d’Alveydre, na sua obra “O Arqueômetro”.AUM significa “A Divindade Suprema”, seu símbolo sendo amplamente conhecido:BAN significa “Conjunto ou Sistema”, em Adâmico é representado da seguinte forma:DAN significa “Regra ou Lei”, sua expressão gráfica apresenta-se como se segue:A união destes princípios radicais, ou AUMBANDAN, significa “O Conjunto das Leis Divinas”, sintetizado no sinal abaixo:Portanto, o AUMBANDAN ou Conjunto das Leis Divinas é a Proto-Síntese Cósmica, encerra em si os princípios geradores do Universo, que são a Sabedoria e o Amor Divinos. Estende-se ao Ser Humano como a Proto-Síntese Religio-Científica que contem e dá origem aos quatro pilares do conhecimento humano, ditos como filosofia, ciência, arte e religião.Pelo acima exposto, entendemos que a Umbanda é patrimônio dos Seres Espirituais de Alta Evolução que governam o Planeta Terra, os Seres Humanos encarnados e desencarnados são herdeiros deste Conhecimento-Uno. Entretanto, a aquisição deste conhecimento cósmico depende de condições ou pré-requisitos que o indivíduo deve possuir para que possa compreender a extensão e significado deste patrimônio. Deve ser, também, capaz de participar efetivamente da marcha evolutiva do Planeta como um espírito de horizontes largos e consciência cósmica.Ao processo de amplificação da consciência que conduz à integração do Ser neste contexto denomina-se Processo Iniciático ou Iniciação, no qual o pretendente busca o início das Causas e Origens do nosso Universo a partir do conhecimento de si mesmo e das Leis que regem o Macrocosmo.O Movimento Umbandista é um Movimento Filo-Religioso que visa resgatar o Conhecimento – UNO ou AUMBANDAN, sua divulgação é estimulada pelo Círculo Cósmico de Umbanda e seus aspectos internos ou iniciáticos tem suas raizes fundadas na Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, um Templo-Escola da Alta Iniciação de Umbanda.
História do Movimento Umbandista no Brasil
O Movimento Umbandista é um movimento filo-religioso surgido no final do século XIX , no Brasil, quando entidades espirituais, integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais, passaram a manifestar-se, pela mediunidade, em rituais de cultos praticados por Africanos e Indígenas, miscigenados com elementos do catolicismo introduzidos pela Raça Branca.Na verdade, a eclosão do Movimento Umbandista foi decorrência das necessidades cármicas que fizeram reunir, no solo brasileiro, representantes das raças branca, amarela, negra e remanescentes da vermelha. Assim, o Brasil possibilitou o encontro de coletividades que alimentavam rivalidades entre si e, de alguma forma, mantinham em seus sistemas religiosos, fragmentos do Conhecimento Verdadeiro usurpado pela humanidade em sua odisséia terrena.O Brasil, conhecido pelos índios pré-cabralinos como BARA – TZIL ( Terra da Cruz ou Terra da Luz) , deveria ser o local do surgimento do Movimento Umbandista porquê, originalmente, havia recebido a revelação do Aumbandan na época dos Lêmures, no apogeu da Raça Vermelha, no Tronco Tupy. Foi aqui também que a Tradição foi deturpada em sua essência, consubstanciando-se na Cisão do Tronco Tupy nos grupos Tupy-Nambá e Tupy-Guarany que defendiam, respectivamente, o Princípio Espiritual e o Princípio Natural. Embora os Tupys tenham, algum tempo depois, voltado ao seu caminho evolutivo original, os resultados de sua Cisão ainda se fazem sentir até hoje, persistindo na mentalidade humana o dilema entre o Espírito e a Matéria.Aqueles seres do Tronco Tupy não mais encarnam no Planeta e mesmo poderiam partir para outros locais mais evoluidos do Universo, entretanto, optaram por trabalhar em prol da Humanidade, auxiliando-a a encontrar sua via justa de evolução, restabelecendo a Tradição-Una, o Aumbandan.Para servir a este propósito, o Governo Oculto do Planeta, no momento adequado, lançou as sementes do Movimento Umbandista, visando inicialmente o Brasil, para futuramente revelar os aspectos cósmicos da Doutrina para todos os povos. E assim, por dentro dos cultos degenerados de várias raças existentes no Brasil, passaram então a manifestar-se pela incorporação, os Espíritos Ancestrais da Humanidade que se apresentavam, inicialmente, na forma de Indios e, depois, também na forma de Pretos-Velhos e Crianças. Apresentavam-se desta forma para atingir mais facilmente a coletividade brasileira, que se identificava, sincreticamente, com estes arquétipos da Simplicidade, da Humildade e da Pureza.O aparecimento destas entidades veio a configurar as bases do Movimento Umbandista, que recebeu uma primeira organização ritualística a partir de 1908, com o médium Zélio Fernandino de Moraes, tomando o nome inicial de Alabanda e, depois, de Umbanda. Quase 50 anos transcorreram até que, em 1956, o famoso Médium W.W. da Matta e Silva revelou ao público os primeiros aspectos da Doutrina Esotérica de Umbanda marcando a história com o livro Umbanda de Todos Nós.Atualmente o Movimento Umbandista conta com uma coletividade estimada em 70 milhões de adeptos e simpatizantes, entretanto, números mais precisos sobre esta população são de difícil aquisição devido à própria estrutura do Movimento Umbandista.Esta estrutura comporta uma infinidade de Terreiros ou Templos com rituais diferentes entre si, consequentes de uma maior ou menor assimilação sincrética de elementos de outras culturas e sistemas filo-religiosos. Este sincretismo visa estabelecer uma ponte de ligação que permita a transição gradual de indivíduos oriundos de outros sistemas para a Umbanda.Embora o panorama geral propiciado por estas variações ritualísticas possa parecer heterogêneo, esta foi uma estratégia utilizada pelos espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda como forma de minimizar as desigualdades sociais e discriminações de qualquer origem. Portanto, o Movimento Umbandista é capaz de receber indivíduos com características e concepções sobre a espiritualidade muito variadas; para cada um deles haverá um Terreiro ou Templo que mais se adapte ao seu nível consciencial.Como elemento de ligação dos diversos templos, encontra-se a mediunidade através da incorporação de espíritos que se apresentam nas três formas arquetipais de “Caboclos”, “Pretos-Velhos” ( mais adequadamente chamados de Pais-Velhos ) e “Crianças”. Estas Entidades procuram impulsionar, paulatinamente, as pessoas que procuram os terreiros para patamares superiores de compreensão de si mesmos, do Mundo Material e do Mundo Espiritual. Obviamente, quanto mais sincrético for um terreiro, mais distanciado estará da Essência e mais preso estará à Forma. Mesmo naqueles templos onde predominam a busca da Essência e a verdadeira Iniciação de Umbanda, os rituais abertos ao público apresentam apenas uma ínfima parte da Doutrina, por respeito e caridade aos consulentes, guardando para o interior do Templo os fundamentos que esperam o momento certo para serem revelados.A partir de 1989, com o lançamento da obra Umbanda – a Proto-síntese Cósmica, que mostrou ângulos inéditos da Umbanda, foi inaugurada uma nova fase do Movimento Umbandista, revelando-se o caráter cósmico desta doutrina. Os rituais dos diversos templos vêm-se modificando, mais adequados à tendência da globalização, que certamente consolidará um Mundo sem fronteiras para os habitantes do Planeta Terra, estabelecendo seus laços de ligação não apenas pelo comércio de bens materiais, mas principalmente pela comunhão de valores espirituais.
Aspectos Básicos da Doutrina de UmbandaUma visão geral dos vários tipos de ritual, encontráveis nos terreiros de Umbanda, não mostra prontamente a Doutrina de Umbanda. Isto se deve à presença do sincretismo que mascara a verdadeira Doutrina, de forma a se adaptar às necessidades da população que freqüenta os templos afins. Os princípios que servem de base para todo o Movimento Umbandista são sensíveis, especialmente, nos Templos Iniciáticos e nos rituais internos de alguns terreiros, onde se percebe um interesse maior na busca da evolução espiritual, sem os véus da ilusão ditados pelo mito.Partindo desta observação, podemos obter duas informações preciosas: A primeira é que, se fôssemos tentar compor uma Doutrina consistente, a partir das manifestações sincréticas, seria impossível atingir um quadro coerente, e mesmo que fosse possível, o mesmo ainda estaria absolutamente distante dos ensinamentos transmitidos pela “corrente iniciática”. A segunda informação importante é a de que, excluindo-se as manifestações do sincretismo nos diversos terreiros de Umbanda, é possível isolar determinados pontos de semelhança e conceitos compartilhados, que apontam para um sistema lógico, inicialmente insuspeitado, que encontra-se velado pelo caos aparente.Dentre as semelhanças existentes entre os diversos terreiros ressalta-se a presença de Seres Espirituais da Corrente Astral de Umbanda que se manifestam pela incorporação nas formas de “Caboclos”, “Pretos-velhos” e “Crianças”. Este pode-se considerar o ponto básico que serve até como qualificador da doutrina professada por determinado núcleo espiritualista. A homogeneidade no encontro deste fator que eclodiu em coletividades distintas e fez surgir o Movimento Umbandista, leva à conclusão que a Doutrina de Umbanda é fruto da revelação destas entidades através de seus médiuns e não o resultado de uma miscigenação de cultos afro-ameríndios.A partir desta pedra angular, constrói-se toda a Doutrina de Umbanda, fundada no Tríplice Caminho constituído pela Doutrina Mântrica, pela Doutrina Yântrica e pela Doutrina Tântrica que velam o mistério da Cosmogênese. Todos os processos relacionados à evolução dos Seres Espirituais no Reino Natural são observados à luz destes princípios ternários e através da lei das analogias, aplicados desde o nível microssomático até o macrocósmico.As entidades que se apresentam na Umbanda vêm personificar a Simplicidade, a Pureza e a Sabedoria, em nome de Oxalá – o Cristo Jesus – o Tutor Máximo do Planeta Terra. Através de seus conselhos, exemplos e mesmo da movimentação das forças naturais, conseguem acender a chama da Fé no coração dos consulentes que procuram os templos de Umbanda. A partir da Fé e da Razão incutem, gradualmente, na coletividade planetária, a compreensão dos mecanismos da reencarnação, das Leis Cármicas, das atrações por afinidade e sintonia e ensinam-nos os meios para caminhar seguramente em direção da nossa própria essência espiritual.Estas Entidades de grande evolução, na verdade, são nossos Ancestrais Primevos, os primeiros seres a encarnar no Planeta Terra e que eram senhores do Conhecimento Integral já na época de suas encarnações, anteriores aos Atlantes. Toda a Sabedoria Planetária revelou-se como Aumbandan e deu origem, posteriormente a todas as filosofias, ciências, artes e religiões que conhecemos atualmente. É por este motivo que encontramos na Doutrina de Umbanda vários conceitos que ainda foram conservados por alguns setores filo-religiosos.Na verdade, o surgimento das religiões e todo conhecimento fragmentário da atualidade deveu-se à deturpação e uso inadequado do Conhecimento-Uno existente na época do Tronco Tupy. Por consequência, o homem perdeu a chave deste mistério e da capacidade de compreender, de forma sintética, a vida em suas causas e efeitos.Na expectativa de reconstruir este conhecimento perdido e de receber os influxos destas portentosas Entidades é que apareceram os Cultos aos Ancestrais Primevos, apregoados pelos grandes patriarcas e iniciados , cujos resquícios se fazem presentes, ainda hoje, em algumas tradições, especialmente as orientais.Por misericórdia divina, os integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais vêm trazer as sementes dos novos tempos, manifestando-se através da mediunidade, auxiliando-nos na jornada evolutiva, para que novamente o Aumbandan se faça presente na coletividade terrena.
Candomblé não é UmbandaElucidar de uma forma definitiva a diferença entre Candomblé e Umbanda, é um dos meus grandes objetivos com esta obra, pois a frase mais comum que ouvimos como candomblecista, após uma explanação mesmo que resumida é que: eu achava que tudo era a mesma “coisa”. O que primeiro respondo quando me perguntam sobre a diferença entre Candomblé e Umbanda, é que: não há semelhança, esta eu considero a melhor resposta, pois é o fato, não há a menor semelhança.A começar pelas origens, o Candomblé é uma religião africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente, que é o berço da terra, de forma que se funde sua origem com os primeiros contatos de pessoas que lá chegaram, existem citações na teologia africana que Odudúwa era Nimrod, o conquistador caldeu primo de Abraão e neto de Caim, que foi designado por Olodumarè para levar a remissão e a palavra de Olurún (Deus) aos filhos de Caim que, amaldiçoados, viviam na África. Este fato data de 1850 A.C., sendo que Caim pode ter vivido entre 2100 a 2300 A.C. – Oranian , neto de Odudúwa , viveu em 1500 e seu filho Xangô por volta de 1400. As coincidências existentes nos rituais africanos, como a Kaballah hebraica, são imensas, e vem provar a tese da estreita ligação entre Abraão, pai dos semitas, e Odudúwa, (Nimrod) pai dos africanos. Isso pode ser constatado no relacionamento existente entre o símbolo de um elemental africano chamado Dan a serpente, e uma das 12 tribos de Israel, cujo nome é Dan, e seu símbolo, a serpente telúrica. Citação que faremos adiante na Teologia Yorubana que fala da criação da terra. De uma forma básica, no Candomblé não existem “incorporações” de espíritos, pois os orixás, de quem sentimos força e vibrações, são energias puras da natureza, que não passaram pela vida, ou seja não são “entidades”, mas elementais puros da natureza, criados por Olorún.No Candomblé a consulta é feita através da leitura esotérico/divinatória do jogo de búzios (no Brasil), forma de leitura exclusiva do povo candomblecista, que trataremos em capítulo próprio, e o tratamento para cada caso, é feito com elementos da natureza, oriundos dos reinos vegetal, animal e mineral, através e ebós, oferendas, Orôs (rezas) e rituais africanos. A Umbanda por sua vez, sem qualquer demérito a quem a pratica, pois se levada de uma forma séria e consciente tem seu mérito, valor e aplicação, é uma religião brasileira, que advém do sincretismo católico-feitichista, necessário em uma época de grande repressão das religiões africanas, em que era proibido o culto dos orixás na sua forma de origem, e esta adaptação se fez necessária, a partir desta premissa, a Umbanda começou tomar corpo, com algum conhecimento de alguns africanos no trato com seus ancestrais, que era comum a “incorporação” de algum ente falecido, por um elégún (aquele que é montado por) por motivos familiares. É muito comum nos dias de hoje, Ilês que praticam Candomblé e Umbanda, porém em dias, horários e formas diferenciados, mas é uma atitude não compactuada, bem como a utilização do sincretismo com os santos católicos, pelas tradicionais Casas de Candomblé cujas raízes foram plantadas no Nordeste do país, mais precisamente em Pernambuco e na Bahia.A Umbanda por sua vez, a consulta é feita através de um médium “incorporado” , e os “trabalhos” pelo espírito ali incorporado com seus elementos rituais.
Umbanda é deste século, e utiliza os orixás do Candomblé, sob outra forma e outro aspecto, em especial, vou me ater a figura de Exú. Na sua qualidade de ser ambivalente, positivo e negativo, bem e mal, de uma forma definitiva, esta situação de bem e mal, também está associado à todos os seres humanos, e nem por isso, somos o diabo, ninguém é totalmente bom, 24 horas por dia, 360 dias por ano, a sua vinda inteira; o inverso também é verdadeiro, convivemos com o bem e o mal, porém Exú, na sua condição, só fará alguma coisa, se e somente se, for mandado, portanto quem faz o mal na realidade é quem pede, e que pela própria lei da natureza, pagará, pois segundo a lei mais certa que existe, a lei do retorno – “Toda ação gera uma reação, com a mesma intensidade, em sentido contrário”, quer dizer, tudo que vai, volta, a experiência nos comprova isto, e geralmente, da forma que mais dói, no bolso ou na saúde (tarda mas não falha); isso posto, em quem está a maldade? Sem mandante, ela simplesmente não existiria, e, mais uma vez EXÚ PAGA O PATO.Em mais de vinte anos de pesquisa, e não foi pouca, as maiores e melhores obras, dos maiores e melhores autores, sobre religiões africanas, sejam brasileiros, ingleses, franceses, africanos, babalorixás, antropólogos, babalaôs, nunca li nada que se referisse à exú mulher, ao contrário, sua forma é fálica (forma de pênis), sempre no sentido de elemento fecundador, fertilizador e nunca elemento fecundado, nunca houve qualquer simbolismo ou ligação com uma “vagina”, em sua ambivalência, assume situações duplas, mas nunca, macho e fêmea. Tudo se inicia, com a palavra bombogira, que é o nome dado à Exú macho por excelência na nação de Angola, uma corruptela desta palavra, utilizada somente pela Umbanda, gerou a expressão “pombogira”, como forma de um exú mulher, em cuja manifestação, a pessoa, seja homem (homem?) ou mulher, assume uma atitude sensual, atrevida e em alguns lugares, sob esta manifestação, a prática do ato sexual em si; é muito comum, se a mulher tem vontade, libido forte ou até mesmo por necessidade (a prostituição), é porque uma pombagira está “encostada”, o que seria uma situação normal, natural; A POMBA GIRA PAGA O PATO. Qualquer incorporação, deste gênero, que se fale com as pessoas, beba ou fume em público, não é Candomblé, é umbanda; a única manifestação “semelhante” no Candomblé, é a figura do Erè, que, assim como o orixá, é um elemental da natureza, com uma conduta infantilizada, e que nunca passou pela vida, portanto não é um egun (espírito de morto), tem função específica, uma delas, se comunicar pelo orixá, justamente pelo fato de que ele não fala, que nos referimos como “estado de erê”, tal pessoa está com, ou de, erê.A incorporação, eu imagino, vem de necessidade do ser humano (que é incrédulo por natureza), de crer e confiar, para crer, tem que “ver” algo, no caso o espírito manifestado, falar com ele, ouvir coisas que confirmem ser real ( o que muitas vezes acontece), e para confiar, o consultor não poderá se “lembrar” do que ouviu, como confidência, ou segredo, pois em várias situações, estão envolvidos, conversas e pedidos escusos, se utilizando assim da “inconsciência” relatada nas religiões africanas, a qual também a coloco, em outro capítulo da forma como a vejo e sinto. Falo muita propriedade e experiência, pela vivência de muitos anos no meio, o objetivo não é em momento algum, desmascarar quem quer que seja, muito menos denegrir, desmerecer ou tirar o valor da Umbanda, pelo contrário, bem praticada e bem conduzida, tem enorme valor e função social na comunidade, quer seja: na solução de problemas de saúde, família, trabalho, amor…Existe forte vibração de uma energia, no ato da “incorporação”, variando muito de pessoa para pessoa, em muitos casos, com real valor e força, porém, a inconsciência total … o único objetivo é a realidade, que é benéfica para todos nós, a medida em que nada temos que esconder.